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Facebook quer controlar a publicação de notícias

A rede social procura 'agarrar' os leitores de jornais.

25 de março de 2015 às 10:53

Costuma ler notícias através do Facebook?

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Costuma ler notícias através do Facebook?

O Facebook quer mudar a forma como os utilizadores leem notícias. A maior rede social do mundo está a estudar parcerias com grandes grupos de media para partilharem diretamente os seus conteúdos no Facebook, em vez de usarem links para os respetivos sites, segundo o jornal New York Times

Para já, a rede de Mark Zukerberg – que junta 1,39 mil milhões de utilizadores (cerca de cinco milhões em Portugal) – deverá contar com a colaboração do próprio NYT, da National Geographic e do portal BuzzFeed. Outras publicações terão sido também contactadas, entre elas o Huffington Post e o Quartz

Publicar os conteúdos dentro do Facebook permitirá aos utilizadores aceder de forma mais rápida às notícias, de acordo com a mesma fonte. Atualmente, quando os utilizadores clicam no link de uma notícia no Facebook, esta é aberta numa nova janela, que direciona os leitores para o site da publicação noticiosa. Ainda que o processo seja rápido (cerca de oito segundos), o Facebook pretende agilizá-lo – especialmente no mobile, que é sempre mais lento e cuja taxa de acessos está em crescimento. Este modelo faria com que ninguém abandonasse a plataforma da rede social, diminuindo também a taxa de rejeição no acesso aos conteúdos.

O formato em que serão partilhadas as notícias deverá ser desenvolvido nos próximos meses – o NYT não adianta mais informações. À agência AFP, tanto o Facebook como as três publicações noticiosas, envolvidas nesta primeira fase, escusaram-se a comentar as mudanças.

"O Facebook sabe que em cada 100 pessoas, 10 ou 20% é que efetivamente lê a notícia. Ao passá-las todas para dentro da rede social, como consequência, os sites vão baixar o tráfego" – explica ao CM o especialista em redes sociais Rui Lourenço. Já o leitor só "ganha tempo no acesso à informação", acrescenta a mesma fonte, uma vez que "não se prevê um ganho de qualidade, as coisas vão tornar-se muito aborrecidas".

O que acontece atualmente é que os grupos de media mantêm o controlo total das receitas provenientes de notícias acedidas via Facebook (através da publicidade, ou de conteúdos pagos). Outra vantagem é que a rede social permite recolher informações sobre os seus utilizadores – o que é de extrema importância para o estudo de audiências e de hábitos de consumo de conteúdos informativos.

Publicar diretamente no Facebook implicaria grandes perdas económicas para os grupos de media. Razão para que, segundo o NYT, se deva vir a aplicar um modelo de publicidade partilhada.

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