Jornalista norte-americano Brent Renaud morto na Ucrânia
Autor de vários documentários premiados foi baleado pelas tropas russas em Irpin, nos arredores de Kiev.
O jornalista e realizador norte-americano Brent Renaud, de 50 anos, terá sido morto a tiro pelas tropas russas, quando estas abriram fogo contra um carro na zona de Irpin, a 25 quilómetros de Kiev, na Ucrânia. A informação foi avançada pelas autoridades policiais da capital do país.
Um outro jornalista ficou ferido no mesmo ataque, tendo sido transportado para o hospital de Kiev e submetido a uma cirurgia de urgência, conforme ilustram as fotos entretanto divulgadas nas redes sociais. Os dois homens foram atacados enquanto seguiam com um civil ucraniano, também ferido, disse à agência de notícias AFP o médico das forças ucranianas Danylo Shapovalov, que socorreu as vítimas.
Brent Renaud estava a trabalhar na zona de guerra com um cartão de identificação do jornal ‘The New York Times’, informação que já foi desmentida pelo diário norte-americano.
Numa nota este domingo tornada pública, o ‘The New York Times’ manifestou "tristeza profunda" pela morte do "talentoso profissional" que trabalhou no jornal até 2015, mas esclareceu que Renaud não foi enviado para a guerra na Ucrânia ao serviço daquela publicação americana.
O repórter tinha uma vasta experiência na cobertura de conflitos armados e cenários complexos. Esteve nas guerras do Iraque e do Afeganistão, na Primavera Árabe no Egito, no terramoto do Haiti, infiltrou-se nos cartéis de droga do México e cobriu a crise de refugiados na América Central. Trabalhava quase sempre em parceria com o irmão, Craig Renaud, tendo produzido diversos documentários premiados para alguns dos órgãos de comunicação mais importantes do Mundo, como o canal de televisão HBO, Vice News e o ‘The New York Times’.
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