Amianto e chuva na RTP Porto

Trabalhadores alertaram para o perigo em 2016.

23 de dezembro de 2018 às 01:30
Sónia Araújo e Jorge Gabriel gravam no Estúdio C, debaixo de chuva e amianto Foto: Ricardo Ruella
RTP Porto Foto: Lusa

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"Há dois anos e meio que Gonçalo Reis [presidente do Conselho de Administração da RTP] tem conhecimento de que existem telhas com revestimento de amianto nas coberturas dos estúdios da RTP no Monte da Virgem [no Porto] e também sabe que chove lá dentro", revela ao CM Nelson Silva, delegado sindical e membro da subcomissão de trabalhadores da estação pública na Invicta.

Ainda segundo o sindicalista, na mesma reunião que ocorreu no Porto, também estiveram presentes os ex-administradores Nuno Artur Silva e Cristina Vaz Tomé.

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"Foi-nos por estes garantido que o problema seria resolvido numa esfera superior. Basicamente, a administração da RTP descartou-se, dizendo que o problema estava a ser tratado pelo Governo, mas nunca nos disse quando e quem o iria resolver."

Fonte oficial da RTP esclarece que o Estúdio C tem "um telhado duplo, com uma camada exterior em fibrocimento e outra por baixo, que isola a de cima, não existindo efeitos nocivos". "A qualidade do ar foi recentemente analisada e não foram encontradas partículas de fibrocimento, pelo que não existe perigo para a saúde pública."

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A fonte oficial da estação pública assegura ainda que "o problema da chuva foi identificado e será resolvido a dois tempos": "Após o inverno, o telhado será integralmente substituído."

PORMENORES 

Água na ‘Praça’

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Além da existência de amianto nos telhados das instalações da estação pública em Vila Nova de Gaia, a chuva também não tem dado tréguas ao telhado degradado do Estúdio C, aquele onde diariamente é gravado o programa matinal ‘Praça da Alegria’, com apresentação de Jorge Gabriel e Sónia Araújo.

Os cancros que provoca

Existem seis variedades de amianto e todas podem causar fibrose pulmonar, cancro do pulmão e mesotelioma – tumor maligno localizado ao nível da pleura, peritoneu e pericárdio.

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Deteção após dez anos

Depois de inaladas, as fibras alojam-se nos pulmões, onde podem permanecer durante décadas, causando danos irreversíveis.

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