José Rodrigues dos Santos nega "exercício de ódio" e "violação de regras"
O jornalista da RTP pronunciou-se pela primeira vez sobre a entrevista a Paulo Raimundo.
José Rodrigues dos Santos reagiu publicamente e pela primeira vez à polémica desencadeada pela entrevista ao líder do PCP Paulo Raimundo, que levou o Sindicato dos Jornalistas, a ERC e o Conselho Deontológico e Provedora do Espectador da RTP a pronunciarem-se, após queixas recebidas sobre o ângulo de condução da entrevista, que ficou apenas a guerra na Ucrânia.
“Fica claro que em momento algum houve ‘provocação’ ou ‘exercício de ódio’ ou que os vários processos de intenções levantados pelo PCP tenham o menor fundamento. As ações de escrutínio jornalístico não podem ser estigmatizadas pelos aparelhos partidários como provocações ou ódio nem conduzir a campanhas contra jornalistas”, escreveu o jornalista da RTP num artigo de opinião publicado pelo Observador.
Salientando que “a parte relativa à Ucrânia no plano da entrevista a Paulo Raimundo foi concebida como um escrutínio à coerência das posições do PCP sobre esse conflito”, José Rodrigues dos Santos fez questão de frisar que a decisão de torná-la o único foco da conversa “não viola nenhuma lei, regra, princípio deontológico ou sequer costume ou tradição”, mas denota que “salta à vista que a sua posição quanto à Ucrânia constitui uma área de particular sensibilidade”.
O jornalista questionou ainda “qual a gravidade real” de abordar um tema único, lembrando que tal “já tinha ocorrido no passado”.
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