Sites de pornografia na mira dos piratas

Número de clientes de conteúdos para adultos com as contas roubadas subiu 120%.

11 de abril de 2019 às 01:30
Os piratas intercetam a atividade dos utilizadores e redirecionam-nos para páginas falsas, num negócio muito rentável Foto: IStockPhoto
Pornografia Foto: Direitos Reservados

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Os piratas informáticos avaliam quais os tópicos que estão na moda entre os consumidores de pornografia e disfarçam os vídeos que oferecem, que na verdade são programas maliciosos, com as características e descrições mais procuradas nesses produtos, alerta a Kaspersky, empresa especializada em segurança informática.

Ao engano, sobretudo quando os vídeos são anunciados como gratuitos, e sem confirmarem as extensões dos ficheiros que descarregam, os utilizadores acabam por infetar os computadores e outros dispositivos.

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Conhecedores desta realidade, os motores de busca reforçaram a segurança, o que levou a uma redução de 36% deste género de ataques no ano passado. Só que os hackers mudaram de alvo e passaram a visar as contas premium dos sites de pornografia.

O método é simples: intercetam a atividade dos utilizadores e redirecionam-nos para páginas falsas. De 308 mil ataques deste tipo, em 2017, passou-se para 850 mil em 2018. Já o número efetivo de vítimas, que não se apercebem do site fraudulento e colocam as credenciais, subiu 120%.

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Estas 110 mil pessoas (em 2017 tinham sido 50 mil) viram exposta informação pessoal, desde cartões de identificação a dados bancários, que os piratas informáticos utilizam para seu proveito. A este prejuízo acresce o acesso bloqueado aos sites de pornografia, que chegam a ter um custo de 150 euros anuais.

Conscientes destes valores, os hackers desenvolveram uma fonte de rendimento extra: um mercado paralelo de acesso aos conteúdos pagos. Em 2018 estavam à venda na chamada ‘Dark Net’ mais de 10 mil contas, por valores entre 4,45 e 8,90 euros.

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