Sorteio de Sócrates com cobertura limitada
Distribuição de processo realiza-se em sala onde apenas poderá estar um repórter de imagem e um fotógrafo.
Na sala do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, onde se realizará o sorteio do juiz que fará a instrução da caso Marquês - Carlos Alexandre ou Ivo Rosa - apenas poderão fazer a cobertura do ato um repórter de imagem e um repórter fotográfico. Os restantes jornalistas podem assistir ao momento, ainda sem data, mas sem captarem imagens. O Conselho Superior da Magistratura (CSM) fala em limitações de espaço.
A relevância e interesse público do processo Marquês, que acusou o antigo primeiro-ministro José Sócrates de corrupção, levou a que mais de uma dezena de jornalistas pedissem autorização para assistir ao sorteio, o que acabou por ser diferido pela presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa. Contudo, segundo o CSM, o tribunal não dispõe de uma sala maior para a realização da distribuição eletrónica do processo, o que condicionará a cobertura jornalística dos meios de comunicação social. Vários advogados, entre os quais João Araújo e Pedro Delille - que representam Sócrates - também estarão presentes.
O processo Marquês esteve parado durante cerca de um ano, exatamente por causa da "guerra dos juízes". José Sócrates avançou com um incidente de recusa contra Carlos Alexandre, mas o Tribunal da Relação de Lisboa não lhe deu razão. Também o ex-ministro Armando Vara e Ricardo Salgado pedem que o magistrado seja afastado, invocando nulidades na fase de inquérito.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt