Com novo governo, contribuição audiovisual sai da conta da eletricidade.
A transferência do pagamento da Contribuição Audiovisual (CAV) da fatura da eletricidade para a da televisão paga vai ter duas consequências imediatas: menos pessoas vão pagar a taxa que financia a RTP e as que a vão pagar terão um custo muito superior ao atual.
O deputado do Bloco de Esquerda Moisés Ferreira afirmou ao jornal ‘Público’ que "o objetivo é reduzir o universo de pessoas que paga essa contribuição, para que em vez de ser cobrada a todas as famílias, mesmo as mais pobres, passe para a fatura de quem subscreveu serviços de televisão".
Atualmente, e de acordo com dados da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, existem em Portugal 6,347 milhões de clientes de eletricidade, sendo que 215 mil estão isentos do pagamento da CAV. Isto significa que o financiamento da RTP (cerca de 170 milhões anuais) é dividido por aproximadamente 6,132 milhões de consumidores. Contudo, o universo de clientes de TV paga é bastante mais reduzido, cifrando-se, no final de junho, em 3,430 milhões. Tendo em conta estes números, e de acordo com contas feitas pelo CM, para a RTP manter o mesmo nível de financiamento, a taxa teria de aumentar dos atuais 2,81 euros mensais para um valor próximo dos 4,5 euros por mês (já com IVA). Um aumento de aproximadamente 1,7 euros mensais, mais do que "alguns cêntimos na fatura" de televisão, como disse o deputado do Bloco de Esquerda ao mesmo jornal.
De recordar que ao valor recebido pela RTP da CAV é necessário somar a parte paga às elétricas e o imposto da mesma.
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