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BIG SUCESSO DOMINA AUDIÊNCIAS

Longe de ser o canal de inspiração cristã dos primeiros anos, a TVI teve no “Big Brother” a sua galinha dos ovos de ouro, destronando a SIC como a estação rainha de audiências.

05 de outubro de 2002 às 19:19

A TVI arrancou às 20 horas de 20 de Fevereiro de 1993, com um programa especial: uma família do ano 2003 passava em revista a programação de um canal que havia começado exactamente há dez anos – a TVI. Uma forma original de apresentar os programas do canal que nascia.

A “Quatro” começou a funcionar dois dias antes do prazo limite estabelecido para o início das emissões regulares, estando grande parte dos serviços sediados no Edifício Altejo, na Matinha. Inicialmente, assumiu-se como uma televisão para a família, sem violência ou pornografia. Mas em Setembro de 1994, começava uma nova fase, que para muitos telespectadores foi a melhor época do canal, ao apresentar séries de culto, nomeadamente “Ficheiros Secretos” – a preferida dos telespectadores -; “Profiler”; “Pretender” e “Causa Justa”.

A nível de séries de humor, a TVI deu a conhecer trabalhos de qualidade. Quem não se lembra de “Louco por Ti”; “Seinfeld”; “O Armário de Verónica ou “Ally McBeal”?

A aposta na produção nacional não podia ter corrido melhor. A novela “Jardins Proibidos” foi o primeiro grande sucesso da TVI. E “Anjo Selvagem” é hoje aclamada pelo público, tendo já batido os recordes de longevidade.

Com a estreia de “Big Brother”, em Setembro de 2000, as audiências da TVI começaram a subir, enquanto que as da SIC começaram a cair. O “reality-show” proporcionou “grandes momentos de televisão”, nas palavras de Teresa Guilherme. O canal atingiu um pico de audiências que ultrapassou os 70 por cento de ‘share’ - uma marca nunca alcançada por outro programa -, quando Marco pontapeou Sónia.

Em contrapartida, outros ‘reality shows’ apresentados pela TVI não tiveram grande sucesso, como é o caso de “Survivor” e “Ilha da Tentação”.

Segundo um ditado de Hollywood, “se o público gosta de algo, dá-se-lhe mais do mesmo.” É por isso que desde Setembro de 2000 o grande trunfo da TVI é o “Big Brother”. Depois da primeira edição do “BB Famosos”, e tendo em conta a audiências, com níveis de ‘share’ a ultrapassar os 50 por cento, o canal dirigido por José Eduardo Moniz tem já na calha uma segunda edição VIP. Esta é a primeira opção para a nova grelha.

Uma das novas apostas da TVI é a série nacional “Jóia de África”, cuja produção levou uma equipa de 100 profissionais a Moçambique. Apesar disso, o director da TVI diz que a série “custa substancialmente menos do que outras produções noutras televisões.” Para justificar a política de contenção da TVI a nível de gastos com a programação, José Eduardo Moniz conclui: “O mercado atravessa uma crise. Não percebo como certas estações conseguem gastar tanto dinheiro em certos programas.”

Não perca outras abordagens aos dez anos de TV privada no jornal de amanhã e na nossa revista Domingo

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