À sexta é de vez. Hortense reencontra um namorado que se torna o seu sexto e último marido. A gravação da cena da novela da TVI, em Viseu, mobilizou elenco e figurantes
O humor é cada vez mais uma das marcas da ficção da TVI. De ‘Remédio Santo’ a ‘Doce Tentação’ ou ‘Morangos com Açúcar’, gravações às quais a Correio TV assistiu, a comédia é assegurada por algumas personagens dos enredos. No decorrer das gravações, a boa-disposição extravasa o plateau e contagia elencos e equipas técnicas.
Na Quinta da Ínsua, em Penalva do Castelo, onde Sofia Alves casou na vida real com Celso Cleto, em Agosto do ano passado, a actriz grava uma das cenas mais importantes do final da novela ‘Remédio Santo’, da TVI – o sexto casamento de Hortense. Na história, a personagem de Sofia Alves prepara-se para casar com Zé Olegário (Carlos Areia). Mas, antes de chegar ao altar, o noivo ausenta-se para ir à casa de banho. Minutos depois, é encontrado morto. "Descobre-se que foi assassinado pelo cão Chantilly, o companheiro inseparável de Hortense", revela Carlos Areia enquanto mostra as dentadas do pequeno canino. Na história reaparece Zé José, interpretado por Manuel Lourenço, com quem Hortense se tinha envolvido há muitos anos e que é o pai de Sebastião (Pedro Caeiro). O jardineiro aproveita a ausência do outro Zé e ocupa o lugar do noivo perante a estupefacção de Hortense. O diálogo entre o casal é aproveitado pelo padre (João de Carvalho), que o casa a correr porque "tem mais um baptizado e três funerais para fazer". "Esta cena é muito cómica e vai fazer rir muito as pessoas", garante João de Carvalho, "satisfeito" por ter sido convidado para participar em ‘Remédio Santo’, "uma novela muito bem conseguida", diz. Por seu lado, Sofia Alves conta à Correio TV que a sua personagem vai ter "um final coerente com o decorrer de toda a narrativa".
A actriz, que reside em Canas de Senhorim, concelho de Nelas, diz ter ficado "encantada" por ter interpretado Hortense, "uma mulher única que levou muito riso e alegrias à casa das pessoas que estão muito tristes devido à crise". "Só ao sétimo Zé [seis casamentos e um morto antes de dar o nó] é que a Hortense encontrou a felicidade", refere, elogiando a escolha de gravar na região de Viseu, "uma zona linda e com muita qualidade de vida".
Dias depois, nos estúdios da Quinta dos Melos, em Bucelas, o elenco despede-se da novela com três segredos por revelar: a identidade do assassino dos maridos de Hortense (ver caixa), do serial killer que dizimou várias personagens da história e ainda o que esconde Hortense por baixo da roupa. "O final está fechado a sete chaves. E para todos os segredos há mais do que um final. Nem a totalidade do elenco sabe quem são os assassinos. E para evitar fugas de informação só entregamos os textos finais aos actores envolvidos nas cenas. Além do mais, as cenas têm códigos que só eu e o Hugo Sousa, coordenador do projecto, conhecemos", diz António Barreira.
A poucas horas das gravações das últimas cenas de ‘Remédio Santo, o autor é um homem "satisfeito" com o desempenho da sua novela: "A proposta inicial era escrever uma história diferente do que estava habituado e que eram as tradicionais novelas urbanas, com os problemas da grande cidade. Depois do Emmy quis ir para o realismo fantástico e para o absurdo, uma história onde tudo fosse possível. A TVI deu-me luz verde e temos uma história com santos, diabos, coveiras e funerárias, polícias incompetentes, políticos corruptos... o retrato deste País. É preciso brincar com a nossa realidade."
Entretanto, no estúdio, Aurora (Sara Barradas) suplicava a Helena (Rita Pereira) que lhe devolvesse o filho Gabriel. Violante (Margarida Marinho) decide internar a filha, mas esta finge desmaiar para evitar ser levada para o hospício. Eugénia assiste à cena, impotente.
"Foi a novela mais longa que fiz. Foi uma verdadeira maratona. Mas estamos a acabar um produto que nunca perdeu a qualidade nem o interesse do ponto de vista das personagens", diz Margarida Marinho. Acerca do desenlace da sua personagem, a actriz fecha-se em copas e revela: "Há três finais escritos para a Violante".
Lourenço Ortigão, o actor que se destacou por interpretar Miguel, o jovem surdo filho de Violante, mostra-se feliz na véspera de se despedir do seu papel na novela da TVI: "Tive uma personagem fantástica! E o maior desafio foi descobrir como comunicaria um surdo com os ouvintes. Aprendi um pouco de língua gestual e fiquei com vontade de aprender um pouco mais sobre uma realidade que desconhecia antes de fazer ‘Remédio Santo’, acho que só me enriqueceria", confessa.
A despedir-se da sua Maria dos Caixões estava também Julie Sergeant, que faz um "balanço positivo" deste papel: "Achei este trabalho especial, talvez por ele ter uma forte ligação à comédia. Além disso, realço o bom ambiente que reinava dentro do estúdio. Isto foi fundamental porque esta equipa trabalhou cinco dias por semana, doze horas por dia, durante um ano". A actriz, que já foi recrutada para integrar outra novela da TVI, sublinha ainda a "continuidade da ficção da Plural" que se reflecte nas novelas que são "cada vez mais consistentes e fortes". "A ficção da Plural melhora todos os anos", conclui.
Outro dos nomes do elenco é Pedro Carvalho, o pastor de ‘Remédio Santo’, que sublinha à Correio TV que arriscou "muito" nesta novela: "Fazer o Ângelo obrigou-me a um trabalho de composição com mais complexidade e densidade dramática. Este pastor foi uma personagem completamente diferente das que tinha representado", conta o actor.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.