Sofia Arruda, Afonso Pimentel, Sara Barradas, Vera Kolodzig e Daniela Ruah. São jovens actores com carreiras de sucesso. Mas a sua estreia já aconteceu há muitos anos.
Cresceram sob o olhar atento do público, que os viu deixar a infância e tornarem-se adultos e, apesar de jovens, contam já com carreiras consolidadas no meio televisivo. Sara Barradas, de apenas 20 anos e que hoje protagoniza a heroína Aurora de ‘Remédio Santo’, estreou-se aos 12 em ‘Amanhecer’. No currículo conta já com papéis de peso, em ‘Deixa--me Amar’ e ‘Espírito Indomável’. Aos 23 anos, Sofia Arruda é também um nome forte na ficção nacional, e a Maria Clara de ‘Anjo Meu’ é apenas o último desafio de uma carreira de 11 anos, que começou em ‘Super Pai’ e que inclui sucessos como ‘Feitiço de Amor’ e ‘Sentimentos’. As duas jovens são exemplo de uma geração de actores que, apesar da tenra idade, conhecem bem o mundo da ficção nacional.
Vera Kolodzig soma já vários papéis de sucesso mas não esquece os momentos iniciais. "Lembro-me perfeitamente do telefonema em que me disseram que tinha ficado com o papel principal, não queria acreditar", recorda à Correio TV. A actriz, então com 15 anos, acabava de ser seleccionada para interpretar Teresa em ‘Jardins Proibidos’, na TVI, e começava assim uma carreira que, onze anos depois, continua a dar frutos. "A partir daí mudou tudo, não tinha grande noção do que era trabalhar em televisão, e mesmo o próprio meio não estava à espera do ‘boom’ que foi ‘Jardins Proibidos’", conta Vera Kolodzig, que revela que a experiência confirmou a "paixão de sempre pela representação". Desde então não parou de somar êxitos, como ‘Filha do Mar’, ‘Dei-te quase Tudo’, ‘Deixa que te Leve’ e, mais recentemente, ‘Espírito Indomável’. Outra das revelações de ‘Jardins Proibidos’ foi Daniela Ruah, que após algumas novelas rumou aos EUA para apostar numa carreira internacional e brilha como Kensi Blye em ‘Investigação Criminal: Los Angeles’. Foi também esta novela da TVI que marcou o arranque da carreira de Luís Simões. Hoje, o actor de 19 anos é uma cara familiar dos portugueses, com ‘Filha do Mar’, ‘Queridas Feras’, ‘Laços de Sangue’ e ‘Sedução’.
"Quando filmámos ‘Jardins Proibidos’, as nossas mães uniram-se para termos alguns direitos, como irem buscar-nos à escola", recorda Vera Kolodzig, que considera esta a questão "mais importante" quando o tema são jovens actores.
A mesma lição já Afonso Pimentel, colega de elenco em ‘Espírito Indomável’, tinha aprendido em 1996, quando se estreou no filme ‘Adeus, Pai’ aos 13 anos. "Tinha a condição de não faltar às aulas, que foi também a forma que os meus pais encontraram de me guiar. Estava assente que o trabalho de uma criança era estudar e brincar e o resto tinha que encaixar no meu tempo de lazer".
Aos 28 anos, Afonso Pimentel é actor mas também realizador, uma escolha que reflecte o peso desta primeira experiência. "A forma como fui recebido pela equipa, pelo Luís Filipe Rocha [director], que me manteve os pés assentes na terra, foi muito enriquecedora e marca a forma como encaro até hoje a profissão", diz.
O jovem fez um percurso escolar "normal", ao mesmo tempo que filmava ‘Floribella’ ou ‘Ana e os Sete’, o que também lhe permitiu acompanhar as mudanças na forma como as crianças trabalham na televisão. "Ao início havia uma grande ingenuidade, não havia tantas leis, ou não eram tão visíveis, também porque as necessidades de produção não levantavam problemas". Depois, adianta, "passou-se por uma fase mais intensa, em que as coisas não eram tão pacíficas". "Quando fiz ‘Floribella’, voltou um grande cuidado com a escola e a carga de trabalho. Havia um tutor que acompanhava as crianças permanentemente, nos trabalhos de casa, a estudar os textos...", explica o actor.
Aprender a lidar com a fama foi outro dos desafios. "Foi uma surpresa e não esperava o impacto", reconhece Afonso Pimentel. "Não havia estatuto por aparecer nas revistas, nem se faziam capas com gente tão nova, e era algo tão novo para mim como para os meus colegas". Mas hoje, diz, "os putos são alvo de mais inveja".
A revolução na ficção nacional e o aparecimento de séries infanto-juvenis, como ‘Morangos com Açúcar’ ou ‘Rebelde Way’, alteraram este panorama e actualmente são várias as crianças e jovens a consolidar carreiras na televisão, como Beatriz Monteiro ou Luís Ganito. "Antes, fazíamos uma novela por ano, apenas na RTP, e hoje a ficção faz-se a um ritmo alucinante, o mercado é mais aberto e há mais oportunidade para os actores", explica Patrícia Tavares, que se estreou aos 16 anos em ‘Roseira Brava’.
Com 16 anos de carreira, a actriz recorda "o carinho e a disponibilidade dos colegas em ensinar", e acredita que nem tudo mudou. "Quem fica é por mérito próprio, por talento, vontade e trabalho", defende a Evangelina de ‘Remédio Santo’. Os conselhos que dá aos mais jovens são, por isso, simples. "A maior escola é manterem-se sempre a trabalhar, terem noção de que isto não é um dado adquirido e que todos os dias temos de trabalhar, ultrapassando limites, ser humilde, não achar que sabemos tudo, porque esta é uma profisão em que todos os dias se aprende".
MENOS DISPONIBILIDADE PARA O TALENTO
"Tenho o maior dos orgulhos em ter começado nessa idade [15 anos], a experiência de ‘Médico de Família’ foi maravilhosa e a partir daí fiquei com a absoluta certeza de que queria representar", recorda Rodrigo Saraiva. No entanto, o jovem de 29 anos, que se estreou em TV na série da SIC, em 1998, lamenta algumas alterações no meio. "Há um maior facilitismo na contratação de um rosto e menos disponibilidade para o talento", critica. "Receio que para alguns pais seja simpático para o ego ter um filho neste meio", diz o actor, que contou com a família. "A matriz era: se eu estava bem, eles apoiavam com afinco".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.