O actor norte-americano viajou até Madrid onde falou do seu papel na série de TV.
Correio TV- A série ‘CSI’ já vai na oitava temporada. É certo que vai continuar?
Paul Guilfoyle - Julgo que sim. Há um ditado que diz: Não se deve sair de um cavalo em andamento, pois podemos magoar-nos. Acho que é isso que vai continuar a acontecer. A série continua a correr muito bem e enquanto assim for, julgo que continuará a ser feita.
- E Paul Guilfoyle, que faz o papel de Brass, também vai continuar?
- Com certeza. É um trabalho óptimo. Não sei por mais quanto tempo vou continuar, mas enquanto gostar de fazer o que faço lá estarei. Só que tenho de estar sempre a ameaçar que vou sair, que tenho convites para ir fazer um filme ou algo do género. Isto para conseguir ganhar mais dinheiro.
- Está na Europa há cerca de uma semana. Já teve reacções à série?
- Tem sido fantástico. Não é uma novidade para mim, pois já sabia que a série tem muitos fãs por cá. Adoro a vida na Europa, tenho uma casa em Roma (Itália), e conheço muito bem Espanha, Inglaterra, Irlanda... Sou amigo do Edge e já estive várias vezes em Dublin com ele e com os U2. Gosto muito da cultura europeia, é diferente da americana. Aqui, as pessoas preocupam-se mais com a qualidade e nos Estados Unidos da América pensam mais na quantidade. Mas tenho reparado que isso também está a mudar.
- E Portugal? Conhece algo do país?
- Infelizmente nunca estive em Portugal, mas devo confessar que já ganhei dinheiro convosco. Há três ou quatro anos, estava em Londres com uns amigos e o Futebol Clube do Porto jogou contra uma equipa inglesa. Os meus amigos apostaram na equipa deles e eu, para ser do contra, apostei no Porto. Lembro-me que ainda ganhei algum dinheiro com isso. Fiquei delirante. Gostei da forma como jogavam como equipa... Mas espero ir a Portugal qualquer dia.
- No início de ‘CSI’, o detective Brass era o chefe do laboratório, mas perdeu o lugar para Grissom logo no primeiro episódio. Ficou triste por isso? Podia ser o protagonista desta série?
- Não, de forma alguma. No início Brass foi montado como um polícia arrogante e com excesso de confiança, por oposição ao perfil do cientista do ‘CSI’. Eu até fiquei satisfeito por terem alterado isso e transformarem-me num detective, alguém que equilibra os pratos da balança. O meu ponto de vista é mais instintivo. O Brass compreende melhor as pessoas do que o Grissom. Comparando com outras coisas, o Brass é como os guarda-redes no futebol ou o baixista numa banda.
- Como é um dia de gravações de ‘CSI’?
- É um dia cheio de trabalho. Tudo tem de ser feito muito depressa e bem e gasta-se uma dose tremenda de energia. No fundo, é como um dia numa fábrica, mas com um salário melhor.
- As três séries de ‘CSI’ são gravadas em Los Angeles. Cruza-se com os actores das outras séries, encontram-se após o trabalho?
- Nem por isso. Não temos muito tempo e as produções são independentes umas das outras. Mas eu, o Gary Dourdan e o David Caruso, que somos mais ou menos da mesma idade e fizemos teatro juntos algumas vezes, bebemos um copo de vez em quando.
- Quanto tempo demora a gravar um episódio completo?
- Oito dias e meio, tendo em conta que são 12 horas de trabalho por dia.
- Prefere fazer cinema ou televisão?
- Num filme fazem-se mais ‘takes’, de forma mais relaxada, com mais tempo. Se for preciso demorar dois dias para gravar uma cena de dez segundos demora-se.
- Recorda-se de alguma história engraçada que tenha acontecido durante as gravações de ‘CSI’?
- Há sempre pequenas histórias que são engraçadas para nós, enquanto grupo pequeno que trabalha junto muitas horas por dia. O que existem são muitas histórias sobre o Grissom e com as pessoas que fazem de mortos. São pessoas vivas e perfeitamente normais que passam três dias deitadas a fingir de mortos. Lembro-me de ter falado com uma senhora que esteve três dias coberta de larvas. Ela contou-me que estava nua e ficou com a sensação de que a produção se esquecia que ela estava viva. Houve outra situação em que uma pessoa fica presa numa armadilha de areia e, enquanto preparavam a cena só diziam ‘mais areia, mais areia’. Até que o indivíduo, já a cuspir areia, grita que já é suficiente. No ‘CSI’, fazer de morto é, definitivamente, o pior trabalho. A minha mulher é coreógrafa e várias pessoas que trabalham com ela já me perguntaram se eu conseguia que entrassem no ‘CSI’, nem que fosse a fazer de mortos. Disse-lhes que isso seria a última coisa que quereriam fazer, pois seriam tratados como se estivessem mesmo mortos.
- Como comenta o elevado número de séries semelhantes a ‘CSI’ que entretanto surgiram?
- Quando algo se torna muito popular é natural que se faça um ‘franchise’. No fundo, as pessoas mostram que têm apetite pelo tema e as televisões estão a ‘alimentá-las até ficarem cheias’. É natural. Quem faz algo de novo, com criatividade, corre um risco muito grande. Quem controla os negócios prefere correr menos riscos e, por isso, copia formatos que são uma garantia de sucesso.
8ª TEMPORADA A CAMINHO
AXN ESTREIA EM SETEMBRO
O sucesso da série ‘CSI’, que em Portugal está em exibição na SIC e no canal cabo AXN, ditou a continuação desta produção norte-americana. A oitava temporada já tem data de estreia no canal AXN, marcada para Setembro.
Sobre os rumores de que o actor português Joaquim de Almeida iria participar numa próxima temporada de ‘CSI Miami’, Paul Guilfoyle diz não ter conhecimento, mas deixa alguns palpites. “Bom, não sei o que se passa no programa de Miami, as produções são totalmente independentes. Mas acho óptimo que ele participe. Espero que não faça de traficante de droga sul-americano. Talvez ficasse bem a fazer de cientista. Porque não?”
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