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Estrelas e empresas em fuga do Facebook

Celebridades também dizem adeus à rede social de Zuckerberg após polémica com consultora Cambrigde Analytica.

02 de abril de 2018 às 01:30

O movimento #deletefacebook, criado após ter sido conhecida a fuga de dados pessoais de mais de 50 milhões de utilizadores da rede social para a consultora Cambridge Analytica, ligada às campanhas de Donald Trump e do Brexit, está a ganhar cada vez mais adeptos.

À saída do Facebook de milhares de cidadãos anónimos juntaram-se, nos últimos dias, estrelas da industria do entretenimento e diversas marcas, seja através das eliminação das suas contas na rede social ou do cancelamento de campanhas publicitárias na empresa de Mark Zuckerberg.

É o caso da Mozilla, empresa responsável pelo browser Firefox, do banco alemão Commerzbank, da fabricante de eletrónica Sonos ou da retalhista Pep Boys, ligada à indústria automóvel, que se mostraram receosas com a política de privacidade da rede social.

A Playboy, por seu lado, anunciou, através de Cooper Hefner, que abandonou de vez o Facebook. "As linhas orientadoras e as políticas corporativas continuam a ir contra os nossos valores", disse no Twitter o filho do fundador e diretor criativo da marca. E o milionário Elon Musk apagou o seu perfil e as páginas das suas empresas: Tesla e SpaceX. O mesmo fez Brian Acton, cofundador da aplicação WhatsApp.

Na lista de celebridades que anunciaram a eliminação das suas contas no Facebook contam-se os atores Jim Carrey e Will Ferrell, a cantora Cher e a banda inglesa Massive Attack.

Ainda é cedo para avaliar a totalidade dos danos - além da perda de credibilidade e desvalorização em bolsa - que o escândalo das últimas duas semanas provocou ao Facebook.

Mas o mais certo é que, da próxima vez que anunciar o número de pessoas que fazem uso da sua plataforma mensalmente, a rede social reporte um número inferior àquele que foi comunicado em janeiro último: mais de 2,2 mil milhões.

PORMENORES 

Perde 60 mil milhões

Desde que rebentou o escândalo da fuga de dados (a 16 de março), o valor do Facebook em bolsa desceu quase 60 mil milhões de euros - uma perda de 13,7% quando em comparação com os números antes da crise.

Introduz mudanças

Além de introduzir mais medidas para reforçar o controlo de privacidade, o Facebook anunciou que vai suspender a parceria com consultoras de dados nos próximos seis meses, impossibilitando os anunciantes de fazerem cruzamento de dados da rede social com os das compras feitas pelos utilizadores.

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