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Facebook no centro de uma nova polémica

Rede social acusada de favorecer ‘amizade’ entre extremistas de todo o Mundo.

13 de maio de 2018 às 01:30

Ainda no rescaldo do escândalo da Cambridge Analytica, que culminou no acesso indevido aos dados pessoais de milhões de pessoas, o Facebook enfrenta agora uma nova polémica, ao ser acusado de favorecer a ‘amizade’ entre extremistas e, também, de ser incapaz de eliminar conteúdos terroristas das suas páginas.

Um grupo de investigadores que há muito analisava as atividades de milhares de extremistas em mais de 96 países na rede social chegou à conclusão que a estrutura facilitou a conexão entre simpatizantes de grupos radicais através da funcionalidade ‘Pessoas que talvez conheças’. Uma das sugestões de amizade terminou mesmo em recrutamento para o Daesh.

O Facebook utiliza sofisticados algoritmos com base em dados pessoais para juntar pessoas que partilhem os mesmos interesses. Para isso, a rede social de Mark Zuckerberg recolhe automaticamente toda a informação pessoal dos seus utilizadores, que depois é utilizada para atrair publicidade e conectar pessoas, podendo ser facilmente utilizada por terroristas para estabelecer contacto com apoiantes da sua causa.

A aplicação do novo Regulamento Geral da Proteção de Dados em toda a União Europeia a partir de dia 25 é um passo em frente para uma maior e mais eficiente proteção da informação pessoal dos cidadãos, mas pode não ser suficiente.

Bruxelas quer imposto especial para GAFA

O Facebook integra o grupo das maiores empresas tecnológicas do Mundo - conhecido como GAFA (Google, Amazon, Facebook e Apple) -, que em breve serão afetadas por um novo sistema de tributação na Europa.

Em março, a Comissão Europeia propôs um imposto provisório e uma reforma alargada da tributação digital. Uma taxa de 3% sobre os ganhos destas empresas na Europa geraria receitas de cerca de cinco mil milhões por ano.

Dez portugueses descarregaram app

Uma dezena de utilizadores portugueses do Facebook descarregou a aplicação que permitiu o acesso indevido [pela Cambridge Analytica] a dados pessoais de milhares de pessoas, revelou a Comissão de Proteção de Dados, que está a acompanhar o caso junto do Reino Unido.

SAIBA MAIS

87 milhões de utilizadores do Facebook foram eventualmente afetados pelo escândalo da Cambridge Analytica, dos quais 2,7 milhões são cidadãos da União Europeia.

Escândalo informático

Empresa britânica Cambridge Analytica é acusada de ter usado, sem consentimento, dados de milhões de utilizadores da rede social para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores e favorecer a campanha do presidente Donald Trump.

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