Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu uma denúncia sobre a alegada adulteração de audiências televisivas.
A GfK repudiou hoje, "em absoluto", a tentativa de "infundadamente descredibilizar" o sistema de mediação de audiências televisivas e garantiu que "respeita as obrigações contratuais convencionadas" com a Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM).
Na quarta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) confirmou à Lusa que recebeu uma denúncia sobre a alegada adulteração de audiências televisivas, que foi remetida ao Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), "onde deu origem a um inquérito".
"No seguimento da notícia, cuja autoria não se mostra identificada, publicada no jornal Tal & Qual e noutros meios de comunicação social, nomeadamente na TVI, dando nota da existência de uma investigação por parte da PGR sobre a suposta deturpação na medição das audiências televisivas com o propósito de, alegadamente, favorecer a SIC em detrimento da TVI", a GfK reagiu hoje em comunicado.
A empresa garantiu que "não recebeu qualquer confirmação formal sobre a aludida investigação por parte da PGR e repudia, em absoluto, a tentativa de, infundada e injustamente, descredibilizar o sistema de medição de audiências televisivas".
Salienta que "a metodologia e a forma como a GfK conduz a medição de media, quer para a CAEM, quer para quaisquer outros clientes, obedece a critérios de total rigor e estão de acordo com os procedimentos de controlo de qualidade para serviços de medição de audiências, com as regras estabelecidas dos estudos de mercado e com as diretrizes das associações de pesquisa de mercado e sociais, nomeadamente os padrões da ESOMAR e as diretrizes do GGTAM".
Além disso, "a conduta da GfK respeita as obrigações contratuais convencionadas com a CAEM e respetivas especificações".
A GfK salienta que "é líder global em dados e análises e fornece informações para o consumidor e mercado há 85 anos, atuando sempre com imparcialidade e em estrito e rigoroso cumprimento dos princípios de ética, sem qualquer interesse conflituante com o negócio de media em Portugal, sendo merecedora de toda a confiança que lhe tem sido concedida".
A empresa sublinha que, "se a investigação assim o exigir, envidará todos os esforços para repor a verdade, reiterando que cumpre e sempre cumpriu com total rigor e ética os serviços de medição de audiências televisivas".
Na quarta-feira, a SIC e a Impresa informaram, em comunicado, que "não estão a par de qualquer investigação, nem foram contactadas pelas autoridades sobre o assunto".
Além disso, "é absolutamente falsa, de má-fé e lesiva a acusação que o Tal & Qual e a TVI tentam fazer passar de concertação entre SIC e a empresa que mede as audiências para a CAEM [Comissão de Análise de Estudos de Meios], a GfK", referiram.
"Tal como o resto do mercado, representado pela CAEM (que agrega anunciantes, agências e meios de comunicação social), exceto, aparentemente, a TVI, confiam no sistema de medição de audiências em vigor, algo que acontecia mesmo durante os anos em que a SIC não foi líder de audiências", sublinharam.
Face a isto, a SIC e a Impresa "reservam-se no direito de recorrer aos meios legais ao seu dispor para defender a sua reputação".
Também no mesmo dia, a CAEM salientou que, na sequência da publicação do artigo, "teve conhecimento da alegada existência de uma denúncia junto da PGR relativamente a uma suposta adulteração na medição das audiências televisivas e inerente falta de rigor da empresa GfK, responsável por esta atividade em Portugal".
A direção da Comissão de Análise de Estudos de Meios "repudia, em absoluto, a presente tentativa de descredibilizar de forma infundada o sistema de medição de audiências televisivas".
Sublinhou que a CAEM "sempre envolveu e prestou os devidos esclarecimentos aos seus associados, incluindo todos os operadores de televisão, acerca de todas as questões relacionadas com este tema", e "reitera a sua confiança na idoneidade e credibilidade do sistema de medição de audiências em vigor e na importância de reforçar a sua estabilidade".
Por sua vez, a TVI afirmou na quarta-feira que "não quer contribuir" para transformar a medição das audiências "numa fonte de atrito entre canais", salientando que o que está em causa "é o apuramento da verdade e a assunção de eventuais responsabilidades".
Em comunicado, a TVI referiu que a notícia publicada, "em primeira mão, pelo Jornal Tal & Qual, posteriormente veiculada por diversos órgãos de comunicação social e confirmada oficialmente pela agência Lusa junto da PGR, diz respeito à abertura de um processo de investigação sobre suspeitas de uma eventual adulteração de audiências televisivas por parte da empresa GFK em favor do canal televisivo SIC".
A estação de Queluz sublinhou que se limitou "a noticiar uma investigação da PGR, confirmada oficialmente, como tantas vezes acontece em relação aos mais variados temas e assuntos" e que "é completamente falsa e sem sentido a acusação feita pelo grupo Impresa e SIC de que existiu má-fé por parte da TVI".
Aliás, "a TVI não quer contribuir para transformar este tema numa fonte de atrito entre canais televisivos, criando um ruído artificial para desviar as atenções do que é realmente importante", sublinhando que "o que está em causa é o apuramento da verdade e a assunção de eventuais responsabilidades, caso essas existam".
O grupo Media Capital e a TVI manifestam "total disponibilidade para colaborar com as autoridades numa investigação séria, rigorosa e serena".
A TVI "quer acreditar que todos os principais 'players' do setor do audiovisual e do meio televisivo nacional estão interessados na melhoria do sistema e dos mecanismos de regulação e medição das audiências em prol da transparência no setor" e, sobre isso, "tem veiculado à direção da CAEM as suas reflexões críticas, por entender que este é o fórum próprio para que sejam analisadas e quaisquer medidas corretivas sejam implementadas".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.