É portuguesa, e os brasileiros adoram-na. A intérprete da carinhosa “Amália” está outra vez de malas feitas para o Brasil, onde é solicitada por tudo e por todos, da TV Globo à Playboy.
Mal chegou a Portugal e já se prepara para regressar ao Brasil, integrando o elenco principal de uma nova telenovela da TV Globo, “Sabor da Paixão”, cujas gravações em Portugal arrancam dentro de dias. O convite levará Maria João Bastos a passar mais oito meses no Rio de Janeiro, longe da família e do namorado, o piloto da Força Aérea José Santos, com quem vive há pouco tempo. Enfim, ossos do ofício.
“Já estava com as malas feitas para voltar a Portugal quando recebi o convite. Foram-me dirigidas muitas propostas de trabalho, mas nenhuma delas me convencera. Contudo, quando li o argumento de ‘Sabor da Paixão’ e conheci ‘Rita’, a minha personagem, tive a certeza de que ia valer a pena”, explica Maria João Bastos, que já sente saudades de Portugal antes mesmo de partir.
“Ainda não tive tempo para matar saudades, sobretudo da minha mãe. No próximo sábado (dia 27) começo já a gravar a telenovela, que começa por ser rodada no Porto. Depois, em Agosto, volto para o Brasil com muita vontade e curiosidade de participar neste projecto da autoria de Ana Maria Moretzsohn”, acrescenta.
Com um leve sotaque brasileiro, Maria João Bastos não consegue explicar o sucesso de “Amália”, personagem que interpreta em “O Clone”, ainda em exibição em Portugal (SIC). Apenas sabe que a sua participação era para ter durado três meses e acabou por ficar até ao final da telenovela.
“Todos os dias me faço essa pergunta. Os pró-prios jornalistas brasileiros que me entrevistaram dizem que não é normal haver este tipo de fenómeno de popularidade. Em Portugal não se apercebem disso, mas no Brasil as pessoas sentem um enorme carinho por mim, graças à ‘Amália’. Elas abordam-me na rua e chamam-me ‘a nossa portuguesinha’. Até a ‘Playboy’ (ver caixa) me convidou para ser capa da revista, um ‘prestígio’ até então reservado às brasileiras.”
O único senão deste êxito conquistado pela actriz no país irmão é o assédio de que é alvo por parte de fãs e órgãos de comunicação. “As pessoas acham que, por sermos figuras públicas, têm o direito de saber tudo sobre a nossa vida. Se estiver sentada num restaurante, por exemplo, é normal que um fã puxe de uma cadeira e se sente à minha mesa a conversar. É claro que os brasileiros têm um jeito muito simpático e engraçado de fazer isto, mas não deixa de ser invasão de privacidade”, afirma Maria João Bastos, que deixou os jornalistas brasileiros mal impressionados.
“Eles estão acostumados a que lhes digam tudo, e eu, de uma forma simpática, recusei-me a falar da minha vida privada. Eles acharam-me muito reservada e estranha.”
No Brasil, receber um convite para posar nua para a capa da revista “Playboy” é um prestígio. Vera Fisher, Deborah Secco, Julianna Paes, Xuxa e Ângela Vieira são algumas das actrizes que aceitaram fazer a sensual sessão fotográfica. Maria João Bastos foi a primeira estrangeira a ter esta honra e, também, a recusá-la! Para choque dos seus colegas brasileiros, a actriz portuguesa rejeitou uma avultada quantia em dinheiro, mas manteve-se vestida!
“Todos ficaram muito admirados quando souberam que eu tinha recusado. Disseram que eu era louca em dizer não a tanto dinheiro”, recorda a actriz, que pensou muito antes de decidir.
“Tive vários factores em consideração. Em primeiro lugar pensei em mim. Como pessoa, e independentemente do que os outros possam pensar, não me sentiria bem a expor o meu corpo daquela maneira. Enquanto actriz, também não acho que essa seria a melhor forma de expor a minha imagem. Só depois pensei na minha família, que me apoiaria incondicionalmente fosse qual fosse a minha decisão, e por último no público”, explica.
“No Brasil ninguém percebe a fala dos portugueses. Temos que falar ‘abrasileirado’.”
“Não acho que os actores brasileiros sejam mais talentosos que os portugueses, apenas têm outra forma de estar na vida.”
“Não existem vedetas no Brasil. Mesmo as figuras mais conhecidas e respeitadas prezam muito a simplicidade e a humildade.”
“As telenovelas têm um impacto enorme na população brasileira. São produções com um grande financiamento.”
“Senti muitas saudades da minha casa, mas não da comida.
“No Brasil é mais fácil termos uma alimentação saudável.”
“Tenho muitos sonhos para realizar. Quero casar e ter filhos, mas ainda sou nova. Só tenho 27 anos.”
“Para manter a forma vou todos os dias ao ginásio e não como fritos.”
Em “Sabor da Paixão”, telenovela que a Rede Globo começa agora a gravar, Maria João Bastos veste a pele de “Rita”, uma portuguesa que trabalha nas caves do Vinho do Porto. Um dia, conhece “Diana” (Letícia Spiller), a protagonista da história, que tem uma quinta no Douro e que está a ultrapassar uma fase difícil na sua vida. As duas tornam-se grandes amigas e decidem ir para o Brasil, onde “Rita” abre um restaurante português.
“É uma personagem que vai ter muita importância no enredo e que se desenvolve com o decorrer da telenovela. Através da ‘Rita’ e do seu restaurante vou poder dar a conhecer ao público brasileiro um pouco da cultura portuguesa, sobretudo da sua gastronomia”, revela a actriz.
Para se preparar para este novo desafio, Maria João esteve nas caves do Vinho do Porto a fazer trabalho de pesquisa e frequentou um curso de culinária no Carlton Pestana Palace. “Foi das experiências mais divertidas da minha vida. Sempre gostei de cozinhar, mas nunca fui além dos pratos mais básicos, por falta de conhecimentos. Agora descobri que, afinal, até tenho bastante jeito para cozinhar.”
No Brasil, a personagem de Maria João Bastos vai apaixonar-se por “Xavier” (Floriano Peixoto) e com ele formar um dos casais mais românticos de “Sabor da Paixão”.
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