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Mário Crespo: "Perdi posto por inconformismo"

Mário Crespo denuncia pressões de diretor de informação da SIC, que nega.

04 de abril de 2014 às 11:05

"Perdi o meu posto por inconformismo editorial". Foi assim que Mário Crespo justificou ontem a sua saída da SIC, após 13 anos, por a estação ter decidido não renovar o seu contrato, após este ter dado entrada com o seu pedido de reforma aos 66 anos.

"Não prolongaram o meu contrato apesar de eu poder continuar", afirmou o antigo apresentador do ‘Jornal das 9', da SIC Notícias, durante um debate na Biblioteca Municipal de Loures, sobre os 40 anos do 25 de Abril. Crespo, que já afirmou que gostaria de ter ficado na SIC Notícias até ao dia 25 de abril, confidenciou que levou "algum tempo a compreender" o seu "despedimento".

O jornalista denunciou ainda as ligações entre o grupo de Francisco Pinto Balsemão e o regime angolano. "Tive uma carta do diretor de informação da SIC [Alcides Vieira] a proibir-me de levar o Rafael Marques [jornalista e ativista dos direitos humanos angolano, crítico do governo de José Eduardo dos Santos] ao meu jornal". Crespo revelou ainda que várias vezes rejeitou emitir "reportagens muito bondosas sobre Angola" no seu noticiário.

O CM contactou o diretor de informação da SIC que disse apenas ser "falsa" a acusação.

No mesmo debate, Mário Crespo disse ainda estranhar as reportagens positivas sobre Angola publicadas no ‘Expresso' e lembrou a venda de 23,13% da Impresa, por parte da Ongoing, a "fundos privados que ninguém sabe quem são".

O jornalista tem contrato com a Impresa, dona da SIC e do ‘Expresso', até ao fim de maio.

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