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Nuno Artur Silva cede quotas por 180 mil euros

Venda foi feita ao sobrinho, André Caldeira, e a Michelle Costa Adrião.

26 de outubro de 2019 às 10:49

Nuno Artur Silva toma posse este sábado como secretário de Estado do Cinema, Audiovisual e Media. O ex-administrador da RTP assume o cargo após ter anunciado, esta semana, que vendeu a sua participação na Produções Fictícias a André Caldeira, seu sobrinho, e a Michelle Costa Adrião, que, nos últimos anos, ocuparam os cargos de diretor-geral e diretora financeira da produtora.

Artur Silva detinha a totalidade da empresa: uma participação de 83,3%, equivalente a 150 mil euros, em nome individual, e outra de 16,7% (30 mil euros) através da empresa Seems, que desde 2015 era gerida pela mulher, Ulla Madsen.

E, ao que o CM apurou, foi precisamente por estes valores, registados no documento de cessão de quotas entregue na Conservatória de Registo Comercial de Lisboa, que a venda foi consumada. Artur Silva vendeu a sua quota ao sobrinho por 150 mil euros e a Seems cedeu a quota a Michelle Costa Adrião por 30 mil euros.

Além disso, se a Produções Fictícias tiver um lucro superior a 40 mil euros em 2020 - o que é pouco crível dado que a empresa enfrenta há vários anos uma difícil situação financeira, ainda mais desde que deixou de ter a RTP como cliente, em 2015 -, ou se for dissolvida até 31 de dezembro desse ano, o secretário de Estado terá direito a uma compensação de 20 mil euros.

De acordo com o mesmo documento, a venda da Produções Fictícias, que detém o canal Q, foi feita a 18 de outubro, ainda antes de Artur Silva ser nomeado para o Governo.

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