Deixou a informática e a moda para ser o Pipo dos ‘Morangos’. Dez anos depois, faz um balanço positivo do caminho escolhido.
Que balanço faz de seis meses de gravações de ‘Doida Por Ti’?
Divertimo-nos muito a gravar e nos bastidores. A equipa é muito entrosada. A boa disposição tem reflexo no trabalho final. E o enredo puxa um pouco à comédia
Os núcleos cómicos são pertinentes nos enredos?
Cada vez mais. Os portugueses andam deprimidos, e o humor ajuda a levantar o ânimo.
Já tinha feito comédia?
Só no teatro. Gostava de ser desafiado com um projecto de comédia.
Este David de ‘Doida Por Ti’ é um papel interessante?
A composição da personagem deu-me algum trabalho. Foi um desafio que gostei de superar, com a ajuda da direcção de actores. A personagem exigiu uma postura física e uma linguagem próprias, uma vez que se trata do director de um grande grupo empresarial. Desde o fato ao discurso, tudo me tem ajudado a interpretar a personagem, que é muito rica. É interessante trabalhar todos os dias para defender uma personagem. Nunca nos podemos descuidar, a dedicação tem de ser diária.
Como se dá com a barba?
É óptimo não ter de fazer a barba todos os dias. As minhas duas últimas personagens tinham de aparecer sempre barbeadas, era cansativo.
Com ‘Doida Por ti’, regressa às origens, porque foi neste horário que se estreou com os ‘Morangos’...
É verdade. Mas quando trabalho não penso nisso, cada produção é um desafio novo.
Como vê o fim dos ‘Morangos’?
Durante dez anos, foi um fenómeno. Uma escola que lançou actores e deu oportunidade de trabalho a outros. Foi um formato aberto a experimentalismos e que abordou temáticas sociais arrojadas. Passou muita gente com formações distintas pela série.
Que recorda do seu último trabalho, ‘Remédio Santo’?
Uma produção laboriosa que deixou boas recordações.
E de ‘Espírito Indomável’?
Muito interessante. Obrigou-me a aprender a andar a cavalo, no hipódromo do Campo Grande, durante mês e meio. Depois de a novela terminar, dei por mim com saudades de andar a cavalo.
Que actividades aprendeu mais à boleia das novelas?
Aprendi a dançar valsa, a usar o estetoscópio (‘Remédio Santo’), a carregar e disparar armas (‘Espírito Indomável’), tentei o surf nos ‘Morangos’, mas não me entendi com a modalidade. E aprendi ‘muay thai’ e boxe para a ‘Vila Faia’.
Quando termina o seu contrato de exclusividade?
Não posso responder a isso.
Como encara a possibilidade de não ser renovado?
Não é só neste meio que as pessoas estão a perder os contratos. A medida não é positiva para a ficção nacional nem para o público. Mas a crise bate a todas as portas. Produtoras de todo o Mundo estão a atravessar dificuldades.
Se ficasse desempregado, qual seria o plano B?
Há algum tempo que queria aprofundar conhecimentos na área do cinema, mais concretamente na direcção de fotografia. É um mundo a explorar, e é pena que cada vez haja menos apoios ao sector.
Não está cansado de fazer novela?
Não. Cada produção é sempre algo novo e diferente.
É apaixonado por fotografia?
O meu primeiro ordenado dos ‘Morangos’ foi para comprar uma máquina analógica, que ainda guardo.
Saiu da moda para a representação. Sentiu preconceito por causa deste trajecto?
Ainda hoje existe algum preconceito. Há quem ache que quem vem da moda não está preparado para representar. Mas quando se trabalha todos os dias podemos provar que não é assim. É por isso que muita gente que veio da moda continua a representar.
Que balanço faz de dez anos de carreira?
Tive oportunidade de fazer trabalhos variados, cresci como actor, continuo a aprender todos os dias com os mais velhos, conforme eles aprendem com os mais novos. Quero fazer mais e melhor e ser o mais versátil possível.
Já recebeu algum convite da SIC?
Não quero comentar.
Como vê a evolução da ficção na TVI?
Tem sido um trajecto positivo e sempre em crescendo. De projecto para projecto, há um colectivo que se empenha em fazer sempre melhor para surpreender o público.
O desporto tem acompanhado sempre a sua vida?
Fiz voleibol, de alta competição, no Benfica, durante dez anos. Hoje não tenho tempo para treinar todos os dias. Corro e pratico ‘muay thai’. E quando não faço desporto sinto a falta dele.
PERFIL
João Catarré nasceu em Lisboa a 5 de Agosto de 1980. Integrou a equipa de voleibol do Sport Lisboa e Benfica. Começou a fazer castings de moda e trabalhos de fotografia "ainda na escola secundária". Em 1999, profissionaliza-se como modelo. Frequentou o curso de Informática de Gestão. Recebeu formação para actores na NBP e estreou-se na primeira temporada da série juvenil ‘Morangos com Açúcar’, no papel de Pipo. É actor exclusivo da Plural e, entre as muitas novelas em que participou para a TVI, contam-se ‘Remédio Santo’, ‘Espírito Indomável’ e ‘Deixa que Te Leve’. Para a RTP, integrou o elenco do ‘remake’ de ‘Vila Faia’, em 2007. É um apaixonado pela actividade física e por ralis.
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