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Regulamento de proteção de dados pode aumentar preços

Para se adaptarem às novas regras europeias, empresas incorrem em custos extra para os seus orçamentos.

27 de maio de 2018 às 01:30

O Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), que entrou em vigor na passada sexta-feira, vai dar mais ferramentas aos cidadãos para controlarem o tratamento dado por empresas e instituições aos dados pessoais. Mas, alertam os especialistas, terá custos para os clientes.

"O cidadão vai ganhar mais poder sobre a proteção dos seus dados, mas também tem de ter noção que isto vai representar custos para as empresas que, naturalmente, se vão refletir nos clientes", afirma João Luís Traça, advogado especialista nas áreas de proteção de dados e direitos do consumidor. Ou seja, os serviços prestados por algumas empresas poderão ficar mais caros pelo facto de terem novas regras a cumprir na proteção de dados, o que implicará atualizar toda a infraestrutura informática ou repensar os processos de tratamento de dados pessoais.

Além disso, as organizações que lidam com grandes quantidades de dados terão de ter um Encarregado de Proteção de Dados, o que obrigará, em muitos casos, à criação de novos departamentos. Isto implica um custo extra para os orçamentos das empresas, o que se pode refletir no preço a cobrar aos consumidores.

Luís Vidigal, presidente da Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação, refere que, no caso das pequenas e médias empresas, os custos de implementação nunca serão inferiores a 3 mil euros. E, no caso das grandes empresas, podem chegar aos 500 mil euros.

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