A edição de hoje
Acordos entre empresas e individuais são mais de 500.
Impedida de contratar para os quadros desde 2012, a RTP mantém centenas de pessoas com contratos de prestação de serviços. Com a saída de mais de 200 funcionários em planos de rescisões voluntárias dos últimos anos, o grupo público tem recorrido a precários para fazer face às necessidades.
Questionada pelo CM sobre quantos trabalhadores tem a recibos verdes, a RTP recusou falar sobre o assunto. No entanto, fontes da empresa revelaram ao CM que desde a entrada em funções da administração de Gonçalo Reis, em fevereiro de 2015, terão sido feitos mais de 500 contratos deste tipo, com empresas e individuais.
A situação já levou a Comissão de Trabalhadores a alertar para o facto de a RTP ter "centenas de jovens em situação precária", havendo casos "que passam de contrato a termo para recibos verdes". No Parlamento, Gonçalo Reis mostrou-se preocupado e disse ter alertado o Governo.
Este mês, o presidente da RTP decidiu "avançar na melhoria das condições de colaboradores externos" e, numa mensagem enviada aos trabalhadores, disse querer rever "as condições de acesso aos refeitórios para que os preços não sejam diferenciados" e estar a "analisar as possibilidades de a empresa assumir a responsabilidade" com seguros de acidentes de trabalho.
Gonçalo Reis calou assim a polémica em torno da contratação para os quadros dos jornalistas Ana Lourenço, com autorização do Ministério das Finanças, e António José Teixeira.
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