Rui Cartaxana, colunista do Correio da Manhã e antigo director do ‘Record’, morreu ontem de manhã em Lisboa. Conhecido por ser um jornalista sem medo, Cartaxana completaria 80 anos no dia 8 de Setembro.
Nasceu na Beira, Moçambique, e aos cinco anos veio para Portugal. Mais tarde voltou e iniciou a carreira no ‘Diário de Moçambique’. João Querido Manha, que trabalhou anos com o "benfiquista assumido", recorda: "Era um apaixonado pelo jornalismo. Mais do que pelo desporto." Mas é a "determinação" do homem que "modernizou o ‘Record’ que sublinha.
Ricardo Tavares, actualmente no CM, fez parte da equipa de Cartaxana no desportivo. Lembra-o como um jornalista que "enfrentava os batoteiros, denunciava os casos que os cobardes escondiam. Dava notícias, mesmo que colocassem em causa o presidente sicrano ou o empresário beltrano. Por tudo isto, Rui Cartaxana, um jornalista de ‘J’. nunca precisou de tomar Alka-Seltzer".
Luís Óscar, editor--chefe do ‘Record’, salienta: "Foi uma pessoa decisiva para o ‘Record’".
O corpo está em câmara ardente a partir das 17h00 na Igreja dos Olivais. O funeral realiza-se amanhã às 11h00 no cemitério dos Olivais.
AS ÚLTIMAS POLÉMICAS
"Um apresentador de TV, de prosa coxa (...), escrevia uma violenta catilinária contra ‘dois clubes de Lisboa’ (7 de Março de 2009)
"O patrão dos árbitros indígenas (...) diz que margem de erro é de 5%. Em cada 100 acertam 95?" (28 de Fevereiro de 2009)
António Oliveira não paga a ninguém, come em marisqueiras e vai a festas de Pinto da Costa. (21 de Fevereiro de 2009)
"Mas será Scolari um treinador ‘genial’, ou, como alguns pretendem, uma espécie de ‘vendedor de banha de cobra’? (14 de Fevereiro de 2009)
"A cena do 2.º amarelo a Fucile no Restelo é a prova do descrédito da Liga, dos árbitros, do futebol" (3 de Fevereiro de 2009)
MEMÓRIA BREVE DE UM BOM AMIGO: ALFREDO BARROSO, CRONISTA E COMENTADOR POLÍTICO
Conheci pessoalmente o Rui Cartaxana em Outubro de 1978, por intermédio do Vítor Direito (então chefe de Redacção do ‘Portugal Hoje’), quando me preparava para ser o primeiro director do semanário do PS, Acção Socialista, e precisava de encontrar um bom jornalista profissional que me ajudasse a estruturar e a lançar o novo jornal em tempo recorde. E assim sucedeu.
O Rui Cartaxana e eu ficámos desde logo bons amigos e conseguimos publicar o primeiro número do novo semanário em 30 de Novembro de 1978 – eu como director e ele como chefe de Redacção, ambos em part time. Foram cinco anos de colaboração muito profícua, a produzir um pequeno jornal partidário por acaso bastante polémico dentro do próprio PS, como não seria concebível em qualquer outro partido.
Em 1983 fui para o Governo e em 1986 para a Presidência da República. A nossa parceria desfez-se, mas não a estima pessoal. Foi com admiração que acompanhei, enquanto leitor, o notável trabalho do Rui Cartaxana como director do ‘Record’, entre 1986 e 1998. Ergueu o trissemanário das próprias cinzas e transformou-o em diário, a vender mais de 100 mil exemplares por dia. E ainda foi ele quem, em 1998, me convenceu a arranhar prosa sobre futebol, semanalmente, no seu jornal.
Em 2002, o Rui Cartaxana deu-me o prazer de apresentar, na Trindade, o meu livro ‘O futebol visto do sofá’, que incluía muitas crónicas semanais que eu escrevera no ‘Record’. Guardámos intacta uma coisa em comum: a paixão pelo jornalismo, que ambos aprendemos nessa velha escola de Liberdade que sempre resistiu à Censura.
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