Corte superior a 10 milhões coloca Balsemão no prejuízo.
Os cortes que a nova administração da MEO, controlada pela Altice, quer impor aos fornecedores de conteúdos podem empurrar alguns grupos de media para resultados negativos.
É o caso da Impresa. Ao que o CM apurou, a MEO quer reduzir em 50% os 22 milhões de euros que paga ao grupo de Pinto Balsemão para emitir os seus canais.
Tendo em conta o lucro obtido pela Impresa no último exercício (2014) – 11 milhões de euros –, um corte deste volume levaria as contas do grupo a resultados nulos. Mas a situação é mais preocupante se analisado o primeiro semestre deste ano. Até junho, a Impresa teve um lucro de apenas 673 mil euros, ainda sem o impacto dos cortes da MEO. Contactada, a administração da Impresa não quis comentar.
Já a Media Capital (dona da TVI), que recebe cerca de 6 milhões da MEO, não acredita que os cortes a vão atingir. "Há vários anos que somos líderes no cabo. A remuneração que recebemos por esta via está abaixo do valor que a nossa audiência justifica. Portanto, não antecipo uma redução. Pelo contrário, somos lideres e devíamos ter a maior fatia de receitas", diz Olívia Mira, administradora financeira da Media Capital, ao CM
Referência ainda para a RTP, que recebe 10 milhões da MEO.
Direito de resposta de Francisco Pinto Balsemão
O Correio da Manhã publica hoje [quarta-feira, dia 29] uma notícia com o título: "Negócio. Corte superior a 10 milhões coloca Balsemão no prejuízo. SIC perde ‘renda’ milionária da MEO. Cortes impostos pela Altice vão dificultar situação financeira da Impresa."
Esta notícia não corresponde à verdade e é gravemente lesiva dos interesses da Impresa, a qual, como sabe, está cotada em bolsa e integra o PSI-20.
Em primeiro lugar, é falso que a Meo pague 22 milhões de euros à SIC para exibir os seus canais. A palavra "renda" utilizada, em corpo 64 ou maior, pelo CM no título é, portanto, malevolamente enganadora: as condições acordadas com a Meo para a cedência dos direitos de transmissão da SIC generalista e dos quatro canais temáticos são semelhantes às acordadas com os principais concorrentes da Meo.
Em segundo lugar, o contrato assinado entre a Impresa e a PT está em vigor até 31 de Dezembro de 2015.
Em terceiro lugar, esse contrato engloba quatro aspetos distintos:
Cedência pela SIC à Meo de direitos de transmissão da emissão da SIC generalista;
Cedência pela SIC à Meo de direitos de transmissão dos canais temáticos SIC Notícias, SIC Mulher, SIC Radical e SIC K (este em exclusivo nacional);
Publicidade da PT nos meios de comunicação pertencentes à Impresa;
Exclusivo atribuído pela Impresa ao Sapo da venda de publicidade digital em todos os meios de comunicação pertencentes ao grupo Impresa.
Em quarto lugar, esse acordo quadripartido começou recentemente a ser renegociado, com vista ao seu prolongamento para além de 2015. Ainda não existem, portanto, quaisquer conclusões sobre se, como e por quanto tempo será renovado a partir de Janeiro de 2016.
Em quinto e último lugar, a Impresa não tem que saber como e quando negoceiam os seus concorrentes com a Meo. Mas pode e deve esclarecer que não é possível comparar o que não é comparável, para favorecer uns e prejudicar outros (neste caso, é mais uma vez, para prejudicar a Impresa). Até porque a SIC transmite mais canais que os outros operadores nacionais de televisão na Meo."
Francisco Pinto Balsemão,
Presidente do Conselho de Administração da Impresa
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