As protagonistas estão radiantes por voltarem a trabalhar juntas, já que se estrearam há 23 anos em ‘Roque Santeiro’. Agora são "o par romântico", brinca Cláudia Raia, que salienta a originalidade da trama, que em nada se assemelha aos habituais esquemas narrativos.
A história arranca quando ‘Flora’ sai da prisão, onde passou 18 anos acusada do assassinato de ‘Marcello’, marido de ‘Donatela’ e seu amante. "Ela vem determinada em provar a sua inocência e a recuperar o amor da filha [‘Lara’ (Mariana Ximenes), fruto da relação adúltera com Marcello], conta Patrícia Pillar. ‘Flora’ é uma mulher "sofrida mas muito determinada". Patrícia Pillar passou algum tempo numa prisão para se preparar para o papel. "Fui conhecer mulheres que têm um passado parecido com o de ‘Flora’. Foi difícil mas elas foram de uma grande generosidade. O mais interessante foi perceber que o passado das pessoas não está escrito na cara delas. Qualquer um de nós pode ter uma vida dupla. Isso apontou-me um caminho interessante para a ‘Flora’."
"É a mesma história contada em duas versões", diz Cláudia Raia. São "duas personagens muito dúbias, com um lado bom e outro ruim. Não se sabe quem é a vilã e quem é a mocinha". Nem as actrizes conhecem a verdade, cuja revelação irá ocorrer, não no final, mas a meio da história.
PERFIS
Cláudia Raia, 41 anos, é casada com Edson Celulari e tem dois filhos. Patrícia pillar, 44 anos, superou um cancro na mama e é casada com o deputado Ciro Gomes. Estrearam-se em ‘Roque Santeiro’, em 1985.