page view

Nobreza

É difícil caminhar indiferente à influência que Lorde exerce.

15 de julho de 2017 às 00:30

Lorde faz parte da nobreza pop dos nossos dias. É difícil caminhar indiferente à forte influência que ela exerce sobre uma geração que busca conforto para os rápidos dias de hoje. Entre o seu primeiro disco (‘Pure Heroine’) e o recente ‘Melodrama’, muito se passou na sua vida: iniciou uma actividade frenética, tornou-se amiga (e, segundo parece, inimiga logo a seguir) de Taylor Swift e deixou de ser uma anónima e tímida jovem da Nova Zelândia para se transformar numa estrela pop global que parece estar chateada com a sua existência.

O tema ‘Royals’ transformou a sua existência, como acontece muitas vezes no universo da pop. Lorde fala do seu dia a dia com desprendimento e uma grande dose de ironia, como faz por exemplo em ‘Sober II’, em que canta sobre a rapidez da passagem do tempo quando se passa a tarde a lavar taças de champagne.

As suas canções são crónicas sobre uma separação amorosa, sobre o descobrimento das drogas, sobre uma noite mais agitada e a ressaca no dia seguinte. Ela consegue falar a linguagem da sua geração: compreender a juventude de hoje passa muito por escutar este disco, cínico e problemático. Não é uma rebelde como eram outros heróis da música popular (como por exemplo Kurt Cobain), daquelas que desprezavam o êxito. Lorde acredita que o êxito não modificará os seus sonhos nem as suas ideias. Pelo contrário: ela poderá mudar aquilo que consideramos o sucesso.

Lorde não é um segredo bem guardado. Está à vista de todos mas convence-nos que tem um segredo para partilhar. Por isso este disco é tão fundamental.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8