Atriz e apresentadora espanhola faz revelação chocante: "Fui violada por oito homens quando tinha seis anos"
Cayetana Guillén Cuervo contou tudo no seu podcast com Alba Moreno, partilhando o trauma que marcou a sua infância e vida adulta.
Cayetana Guillén Cuervo, conceituada atriz, jornalista, apresentadora e presidente da Academia Espanhola de Artes Cénicas, partilhou com o público um dos episódios mais difíceis da sua vida. No seu novo podcast 'No te lo Cayes' (Não Caias), onde aborda temas como saúde mental e bem-estar sexual, a artista de 56 anos revelou, de forma crua e corajosa, que foi vítima de violação em grupo quando tinha apenas seis anos de idade. Numa conversa íntima com a influencer Alba Moreno, que também falou abertamente sobre os abusos que sofreu na infância, Cayetana deixou a convidada e os ouvintes em choque com o seu testemunho.
"Foi como La Manada [referência ao caso de violação coletiva que chocou Espanha, em 2016], eram oito homens. Tiraram um cinto que estavam a usar e bateram-me", disse ela, admitindo que durante anos não conseguiu verbalizar o ocorrido. "Faz com que sintas uma necessidade doentia de aprovação, uma necessidade doentia de afeto e dependências doentias... A psicóloga disse-me que tive de deixar isso de lado para viver. A mente esconde coisas muito dolorosas, senão não consegues seguir em frente", afirmou, explicando tratar-se de um mecanismo de sobrevivência.
A atriz enfatizou ainda que a sua intenção não é tornar-se num símbolo de uma causa, sentindo apenas que chegou a sua hora de se manifestar: "Não somos uma bandeira, nem carregamos faixas. Somos apenas duas mulheres que decidiram manifestar-se num espaço em que questões silenciadas ganham voz".
Durante a conversa, Cayetana e Alba enfatizaram como experiências traumáticas na infância podem afetar profundamente a autoestima, os relacionamentos pessoais, a vida sexual e até mesmo a maneira como alguém trabalha. "Eu era tão insegura com a minha aparência física... Odiava o meu corpo. Sentia que ninguém poderia gostar de mim e refugiava-me nos estudos e no trabalho para me sentir útil", confessou a atriz, acrescentando: "Tudo na minha vida foi moldado por isso. Tudo."
Cayetano reconhece que, embora a dor não desapareça, é possível aprender a conviver com ela. "Agora eu sei de onde vêm muitas coisas, e isso dá-me o poder de curar", disse, sublinhando: "Tu podes superar traumas, podes viver após o abuso e podes falar sobre isso sem culpa ou vergonha!".
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