Betty Grafstein vai ajudar vítimas de violência doméstica. Saiba como
Alexandre Guerreiro, advogado da joalheira, será o mandatário da fundação, que em breve será oficialmente apresentada ao público.
Betty Grafstein vai ser o rosto de uma nova organização para proteger as vítimas de violência doméstica. Alexandre Guerreiro, advogado da joalheira em Portugal, será o mandatário da entidade, conforme explicou ao CM.
A Betty Grafstein Foundation já foi anunciada nas redes sociais do advogado e na nova página de Betty e será em breve apresentada ao público. Até lá, há ainda alguns detalhes por limar: “Ainda vai ser decidida a forma jurídica que vai assumir. Nós esperamos que seja uma fundação mas esse é um estatuto que necessita sempre de reconhecimento do poder político, não é imediato, e, nesse sentido, é um processo complexo e que pode ser mais demorado. Até alcançarmos esse estatuto, temos de ter uma outra forma jurídica, provavelmente uma associação, certo é que será sempre uma organização sem fins lucrativos”.
O objeto do projeto é simples: “Tem como prioridade desde logo a violência doméstica, mas também outros crimes de violentos cometidos contra as mulheres em geral. Significa isto que vamos ter vários projetos e atividade em várias cidades a nível mundial: Nova Iorque, Toronto e Lisboa e também estão outras cidades em cima da mesa. Pretendemos que seja uma entidade muito dinâmica”, realçou Alexandre Guerreiro.
O advogado esclareceu que o projeto não surgiu diretamente de uma manifestação espontânea de vontade da própria (ela que acusa o ainda martido, José Castelo Branco, de violência doméstica), mas de várias conversas com a joalheira e da certeza “de que faz sentido que a senhora Betty deixe esse legado”. “Não foi só uma pessoa muito querida que passou pelas nossas vidas e que depois acabou por cair no esquecimento. É tirar algum proveito da situação de que foi vítima para tentar mudar alguma coisa na sociedade, ajudar a alertar para as questões da violência doméstica e crimes contra as mulheres em geral e fazer alguma coisa por outras vítimas.”
A atividade inicial da associação não implica custos avultados – os registos custam cerca de 300 euros – mas, quando entrar em ação, a Betty Grafstein Foundation irá contar com o financiamento de “vários parceiros e patrocínios”, para levar a cabo a sua missão de ajudar as vítimas no que toca “a questões judiciais e de ordem física e mental”. Os acordos estão a ser fechados e a entidade deverá ser oficialmente apresentada ao público “muito em breve”.
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