Filho de influencer morre afogado enquanto pai apostava em jogo de basquetebol
Emilie Kiser conseguiu que pormenores perturbadores sobre o acidente trágico que custou a vida ao menino de três anos permanecessem em sigilo.
A influenciadora norte-americana Emilie Kiser, que soma mais de um milhão de seguidores no Instagram, conseguiu que a Justiça lhe concedesse o direito de manter sob sigilo partes do relatório policial sobre a morte trágica do filho, Trigg, de três anos, ocorrida em maio deste ano, no Arizona, Estados Unidos. O menino foi encontrado inconsciente na piscina da casa da família e morreu seis dias depois no hospital.
Na altura do acidente, Emilie não estava em casa. O pai, Brady Kiser, era o que estava responsável por cuidar de Trigg e do outro filho, um bebé recém-nascido. Segundo o relatório do Departamento de Polícia de Chandler, o homem deixou o filho sozinho no quintal por mais de nove minutos, sete deles já dentro de água, enquanto assistia a um jogo dos playoffs da NBA e fazia uma aposta desportiva no valor de 25 dólares.
Imagens de videovigilância mostram que, às 17h10, Trigg aproximou-se da piscina e, dois minutos depois, caiu para dentro. A piscina tinha normalmente uma cobertura de segurança, mas naquele dia esta tinha sido retirada e não voltou a ser colocada. O relatório policial descreve o incidente como "evitável" e aponta que as declarações de Brady não coincidem com as imagens, concluindo que ele não estava a supervisionar a criança.
Quando finalmente percebeu o que tinha acontecido, Brady Kiser retirou o filho da água e tentou reanimá-lo, mas o menino já não apresentava sinais vitais. Na passada sexta-feira, 8 de agosto, Emilie Kiser obteve uma decisão favorável de um juiz do Arizona para retirar duas páginas do relatório que seria tornado público e que continha descrições pormenorizadas e explícitas dos momentos finais de Trigg, captadas pela câmara corporal de um agente. A justiça entendeu que a divulgação desse conteúdo "apenas satisfaria a curiosidade mórbida" e poderia ser explorada de forma sensacionalista, inclusive através de recriações com inteligência artificial.
A advogada de Emilie, Shannon Clark, declarou que a decisão "não altera qualquer facto relevante sobre o acidente, mas protege a dignidade de um menino cuja memória deve refletir o amor e a luz que trouxe ao mundo".
O tribunal considerou que a natureza gráfica e "emocionalmente perturbadora" dessas descrições justificava plenamente a sua proteção, afirmando que "o dano material específico para a mãe e a família supera o interesse público insignificante nessas partes do relatório".
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