'Golpista do Tinder' que roubou 8,5 milhões de euros a várias mulheres é detido pela Interpol

O história de Simon Leviev, cujo nome verdadeiro é Shimon Yehuda Hayut, foi contada num documentário da Netflix chamado 'The Tinder Swindler'.

16 de setembro de 2025 às 16:58
Shimon Yehuda Hayut, 'Golpista do Tinder' Foto: Tore Kristiansen, VG
Shimon Yehuda Hayut, 'Golpista do Tinder'
Shimon Yehuda Hayut, 'Golpista do Tinder'

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Shimon Yehuda Hayut, também conhecido pelo nome falso Simon Leviev e que ganhou notoriedade mundial com o documentário da Netflix 'The Tinder Swindler', foi detido no aeroporto internacional de Batumi, na Geórgia, este domingo, 14 de setembro, depois de ter sido emitido um alerta vermelho da Interpol (organização internacional que facilita a cooperação policial mundial e o controle do crime).

Apresentando-se como filho do magnata dos diamantes Lev Leviev, Hayut, de 34 anos, terá enganado diversas mulheres entre 2017 e 2019, levando-as a acreditar num estilo de vida luxuoso para depois lhes pedir apoio financeiro. Calcula-se que a burla lhe tenha rendido cerca de 8,5 milhões de euros.

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O documentário da Netflix, lançado em 2022, revelou como o burlão montava uma teia de manipulação: perfis falsos nas aplicações de encontros, primeiros encontros em jatos privados ou hotéis de luxo e até a presença de guarda-costas para reforçar a ilusão de riqueza - riqueza essa que foi conquistada ao roubar anteriormente outras mulheres. Depois de conquistar a confiança das vítimas, pedia-lhes que abrissem cartões de crédito em seu nome, alegando que os seus estavam temporariamente bloqueados e que lhes pagava rapidamente. Certo é que o dinheiro nunca chegou, só as desculpas.

Apesar dos relatos detalhados das vítimas, Shimon Yehuda Hayut sempre rejeitou a versão apresentada, afirmando não ser um burlão, mas sim um "empresário legítimo" que teria feito fortuna com investimentos em bitcoin.

O israelita já tinha sido condenado em 2019, após ser extraditado da Grécia para Israel, por quatro crimes de fraude, falsificação e roubo. A pena de 15 meses acabou, no entanto, por se reduzir a apenas cinco devido à pandemia de COVID-19. Além disso, Hayut também foi condenado a pagar mais de 40 mil euros em indenização às vítimas e uma multa de mais de 5 mil euros por ter um passaporte falso.

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Até ao momento, não foi revelado qual o país responsável pelo pedido de extradição nem quais os crimes que agora justificam a sua detenção. O seu advogado, em declarações à imprensa israelita, admitiu desconhecer as razões da prisão: "Falei com ele esta manhã depois de ter sido detido, mas ainda não entendemos o motivo. Ele tem viajado livremente pelo mundo", afirmou.

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