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'Fantasma sexual do Tinder' detido em Madrid

Agressor exigia encontros em locais sem luminosidade devido à sua doença de pele crónica.

03 de novembro de 2022 às 13:16

A polícia Nacional deteve, esta quinta-feira, em Móstoles, Madrid, um homem suspeito de ter violado uma mulher e de ter abusado de, pelo menos, outras nove pessoas do sexo feminino durante encontros às escuras.

O agressor, de 43 anos, usava o Tinder para iniciar o contacto com as vítimas e utilizava fotos de perfil falsas. O método era sempre o mesmo: o detido propunha encontros em locais sem iluminação com o argumento de que assim se conseguiria manter um contacto sensorial que aumentasse os sentidos, segundo a informação divulgada pelo jornal El Mundo. Contudo, o verdadeiro motivo assentava no facto de o agressor querer esconder o seu rosto, uma vez que tinha uma doença crónica de pele.

O homem, que ficou conhecido como o 'fantasma sexual do Tinder' tentava, num primeiro momento, criar uma ligação de confiança com as vítimas e, na hora dos encontros, este impunha algumas condições: primeiro, o local onde iria decorrer o encontro deveria ser completamente escuro e de confiança, sendo as suas principais escolhas quartos de hotel ou a habitação das vítimas. Era completamente descartada a hipótese de os encontros ocorrerem na casa do agressor ou no município onde o mesmo residia. Depois de escolhido o local, o homem abusava sexualmente das vítimas e, em alguns casos, chegava a agredir algumas delas.

Quando os encontros eram no hótel, o homem dizia que pagava o valor total do quarto e depois as vítimas transferiam-lhe metade do montante. Contudo, o que aconteceu em vários momento, foi o agressor cancelar o encontro e ficar com o dinheiro.

O facto de os encontros ocorrerem às escuras dificultou a investigação desenvolvida pelas autoridades, que tinham dificuldade em identificar o suspeito. Aquando da detenção do homem, foram apreendidos dois telemóveis que, no total, continham mais de 400 contactos bloqueados. As autoridades contactaram cada uma das mulheres e conseguiram que, pelo menos, sete delas, confessassem os seus casos.

A investigação teve início em fevereiro de 2022, após uma mulher ter feito uma denúncia às autoridades em que afirmava ter sido abusada por um indivíduo, mais do que uma vez, na própria casa. A vítima confessou que foi o agressor quem entrou em contacto com ela e que quis marcar um encontro com regras muito restritas.

O agressor, de nacionalidade espanhola, já tinha sido detido em 2018 devido a prática de abusos sexuais. A investigação continua em aberto, uma vez que as autoridades acreditam que existem mais vítimas.

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