Tailândia de luto: morreu a rainha mais bela do mundo

A rainha Sirikit, mãe do atual rei Maha Vajiralongkorn, faleceu aos 93 anos em Banguecoque.

26 de outubro de 2025 às 14:25
Tailandeses choram a morte da rainha-mãe Sirikit Foto: Sakchai Lalit/AP
Tailandeses choram a morte da rainha-mãe Sirikit Foto: RUNGROJ YONGRIT/Lusa/EPA
Rainha Sirikit da Tailândia em Moscovo Foto: Misha Japaridze/AP
Tailandeses choram a morte da rainha-mãe Sirikit nas ruas de Banguecoque Foto: Sakchai Lalit/AP

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O Palácio Real da Tailândia anunciou esta sexta-feira, 24 de outubro, a morte da rainha-mãe Sirikit, aos 93 anos, no hospital Chulalongkorn, em Banguecoque, onde se encontrava internada há três anos. Viúva do venerado rei Bhumibol Adulyadej (Rama IX) e mãe do atual soberano Maha Vajiralongkorn (Rama X), Sirikit era considerada por muitos a rainha mais bela do mundo, símbolo de elegância ao longo de décadas.

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Nascida a 12 de agosto de 1932 em Banguecoque, como Mom Rajawongse Sirikit Kitiyakara, a princesa foi criada no seio da família real tailandesa. Filha do príncipe general Nakkhatra Mongkol Kitiyakara e da atriz Bua Snidvongs, Sirikit passou a infância com os avós e teve acesso a uma educação de excelência, incluindo aulas de piano e estudos em escolas católicas durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, viveu em Londres, Dinamarca e França, aperfeiçoando o domínio de línguas estrangeiras e a formação musical no Conservatório de Paris.

O encontro com o destino real ocorreu em 1946, quando o jovem príncipe Bhumibol Adulyadej foi proclamado rei após a morte inesperada do irmão. Em 28 de abril de 1950, casou-se com Bhumibol, sendo proclamada rainha uma semana depois, aos 17 anos. Desta união nasceram quatro filhos: Ubol Ratana, Maha Vajiralongkorn (atual rei), Maha Chakri Sirindhorn e Chulabhorn, além de treze netos.

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Ao longo do reinado de Rama IX, Sirikit destacou-se como símbolo de estabilidade e autoridade moral, assumindo inclusive a regência temporária em 1956, durante a vida monástica do rei, e conquistando o respeito dentro e fora da corte. Atuou de forma marcante na área humanitária, presidindo à Cruz Vermelha tailandesa e visitando regiões remotas do país para apoiar populações vulneráveis e refugiados do Camboja e da Birmânia. Fundou, em 1976, a Support Foundation, dedicada a revitalizar as artes tradicionais, promover a seda tailandesa, o bordado local e o artesanato, contribuindo para o empoderamento das mulheres rurais e o desenvolvimento económico.

Sirikit também se tornou uma embaixadora cultural da Tailândia, participando em visitas de Estado à Europa e aos Estados Unidos, vestindo trajes luxuosos e tradicionais que projetaram a imagem de uma Tailândia moderna, mas profundamente ligada às suas raízes.

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FOTO: Misha Japaridze/AP
Rainha Sirikit em Moscovo (2007)
FOTO: DIREITOS RESERVADOS
O rei Bhumibol Adulyadej e a rainha Sirikit da Tailândia num evento oficial
FOTO: Sakchai Lalit/AP
O rei Bhumibol Adulyadej e a rainha Sirikit da Tailândia (2006)
FOTO: Misha Japaridze/AP
Rainha Sirikit da Tailândia em Moscovo
FOTO: Eckehard Schulz/AP
Rainha Sirikit e a princesa Chulabhorn na Alemanha (1997)
FOTO: Pool/AP
Com a rainha Isabel II em Banguecoque, em 1996
FOTO: Apichart Weerawong/AP
O rei Vajiralongkorn e a rainha Sirikit num evento oficial na Tailândia, em 2009
FOTO: Remy de la Mauviniere/AP
Sirikit com o presidente francês Jacques Chirac, durante a visita deste à Tailândia em 2006
FOTO: Victor Boynton/AP
Rainha da Tailândia a chegar a Londres, em 1966
FOTO: Harris/AP
O rei Bhumibol Adulyadej e a rainha Sirikit com o príncipe Vajiralongkorn em 1966
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