Tailândia de luto: morreu a rainha mais bela do mundo
A rainha Sirikit, mãe do atual rei Maha Vajiralongkorn, faleceu aos 93 anos em Banguecoque.
O Palácio Real da Tailândia anunciou esta sexta-feira, 24 de outubro, a morte da rainha-mãe Sirikit, aos 93 anos, no hospital Chulalongkorn, em Banguecoque, onde se encontrava internada há três anos. Viúva do venerado rei Bhumibol Adulyadej (Rama IX) e mãe do atual soberano Maha Vajiralongkorn (Rama X), Sirikit era considerada por muitos a rainha mais bela do mundo, símbolo de elegância ao longo de décadas.
Nascida a 12 de agosto de 1932 em Banguecoque, como Mom Rajawongse Sirikit Kitiyakara, a princesa foi criada no seio da família real tailandesa. Filha do príncipe general Nakkhatra Mongkol Kitiyakara e da atriz Bua Snidvongs, Sirikit passou a infância com os avós e teve acesso a uma educação de excelência, incluindo aulas de piano e estudos em escolas católicas durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde, viveu em Londres, Dinamarca e França, aperfeiçoando o domínio de línguas estrangeiras e a formação musical no Conservatório de Paris.
O encontro com o destino real ocorreu em 1946, quando o jovem príncipe Bhumibol Adulyadej foi proclamado rei após a morte inesperada do irmão. Em 28 de abril de 1950, casou-se com Bhumibol, sendo proclamada rainha uma semana depois, aos 17 anos. Desta união nasceram quatro filhos: Ubol Ratana, Maha Vajiralongkorn (atual rei), Maha Chakri Sirindhorn e Chulabhorn, além de treze netos.
Ao longo do reinado de Rama IX, Sirikit destacou-se como símbolo de estabilidade e autoridade moral, assumindo inclusive a regência temporária em 1956, durante a vida monástica do rei, e conquistando o respeito dentro e fora da corte. Atuou de forma marcante na área humanitária, presidindo à Cruz Vermelha tailandesa e visitando regiões remotas do país para apoiar populações vulneráveis e refugiados do Camboja e da Birmânia. Fundou, em 1976, a Support Foundation, dedicada a revitalizar as artes tradicionais, promover a seda tailandesa, o bordado local e o artesanato, contribuindo para o empoderamento das mulheres rurais e o desenvolvimento económico.
Sirikit também se tornou uma embaixadora cultural da Tailândia, participando em visitas de Estado à Europa e aos Estados Unidos, vestindo trajes luxuosos e tradicionais que projetaram a imagem de uma Tailândia moderna, mas profundamente ligada às suas raízes.
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