Zé Manel: "O nosso divórcio era inevitável"
Zé Manel, cantor, levou os Fingertips a tribunal reivindicando a autoria exclusiva do nome, mas acabou por chegar a acordo com a banda.
Zé Manel, cantor, levou os Fingertips a tribunal reivindicando a autoria exclusiva do nome, mas acabou por chegar a acordo com a banda. Diz que a saudade fica, mas garante que já está a preparar um disco a solo.
– O Zé reclamava a autoria exclusiva do nome Fingertips, mas em tribunal aceitou registar a marca no seu nome e no do baixista Rui Saraiva. Porquê?
– Tinha interposto uma providência cautelar para impedir que o nome Fingertips fosse utilizado pela nova formação da banda, uma vez que não o tinha autorizado. Do que se tratava era de reivindicar a paternidade do nome. Com a celebração do acordo entre as partes, tenho assegurada essa paternidade, pelo que jamais alguém poderá voltar a afirmar que eu não tinha qualquer direito sobre o projecto.
– Em que assenta esse acordo?
– Autorizo os elementos que hoje fazem parte dos Fingertips a utilizarem o nome sem limitação, demarcando-me deles definitivamente e abstendo-me de o usar. Ser-me-á, todavia, paga uma compensação cujo valor não mencionarei. Os novos elementos da banda também não poderão utilizar as minhas letras.
– Porque abandonou o grupo no ano passado? O que se passou?
– O casamento estava destruído e o divórcio era inevitável. Mas eu não abandonei o projecto. Só não podia continuar com o management.
– Sai magoado?
– Não posso dizer que não. Tenho a sensação que aqueles pais têm quando os filhos saem definitivamente de casa, e naquele instante percebem que já não os verão todos os dias a sorrir. A saudade fica, mas o orgulho do trabalho que desenvolvi ficará na minha memória.
– O que vai fazer agora?
– Trabalhar e crescer enquanto artista e compositor. Estou já a trabalhar num disco, que é uma nova etapa que vem sendo germinada na minha cabeça há algum tempo.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt