A edição de hoje
Em queda livre na família real, o antigo Duque de York poderá receber uma fortuna para deixar Royal Lodge.
O rei Carlos III terá de pagar até 500 mil libras (cerca de 570 mil euros) ao irmão, o príncipe André, para o convencer a abandonar o Royal Lodge, a luxuosa mansão de 30 quartos situada na propriedade de Windsor.
O antigo duque de York, caído em desgraça após os escândalos que envolvem o pedófilo Jeffrey Epstein, não pode ser legalmente despejado, devido a um contrato de arrendamento de 75 anos assinado em 2003 com a Crown Estate.
Na altura, André pagou 1 milhão de libras (cerca de 1,14 milhões de euros) pelo arrendamento e desembolsou mais 7,5 milhões (8,5 milhões de euros) em obras de renovação, o que lhe garantiu o direito de permanecer na propriedade praticamente sem custos.
Nos últimos meses, o Palácio de Buckingham tem tentado "aumentar a pressão" para que o príncipe deixe voluntariamente a casa, considerada um símbolo do seu antigo estatuto na monarquia.
Apesar disso, André tem resistido em sair. Fontes próximas do Palácio dizem que ele aceitou o inevitável, mas está a negociar uma compensação financeira. Segundo o 'Daily Mail', se sair antes de junho de 2026, o irmão do rei tem direito a um reembolso, cujo valor diminuirá gradualmente até 2028.
Para evitar um novo escândalo, especialmente se o pagamento tiver de sair dos cofres públicos, especula-se que Carlos III possa pagar o valor do próprio bolso. O Palácio de Buckingham está tão relutante quanto André em ter as suas finanças analisadas pelo Parlamento, caso ele recebesse um pagamento do erário público.
As pressões sobre André aumentaram desde que renunciou do seu título de Duque de York e outros privilégios reais, na sequência de revelações devastadoras sobre a sua ligação a Epstein. Documentos recentemente divulgados mostram que o príncipe continuou a trocar e-mails com o financista americano meses depois de alegar ter cortado relações. Há também acusações de que Andrew tentou usar a polícia britânica para desacreditar Virginia Giuffre, a mulher que O acusou de agressão sexual quando era adolescente.
Os escândalos recentes e o intenso escrutínio público transformaram o príncipe Andrew numa espécie de eremita em Royal Lodge, saindo apenas de forma esporádica para passeios a cavalo pelos terrenos da propriedade.
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