A edição de hoje
Apresentora falou sobre a sua saída da SIC.
Cristina Ferreira é rosto da TVI e uma figura incontornável da televisão. A forma abrupta como saiu da SIC originou um processo judicial que, até aos dias de hoje, ainda é falado.
Numa entrevista para a CNN Portugal, foi confrontada com "o seu maior erro até hoje", pergunta à qual Cristina Ferreira respondeu que "não tinha nenhum". Porém, salientou o facto de "algumas pessoas considerarem um erro tremendo" a sua passagem da SIC para a TVI.
"Para mim, não foi [...]. Eu disse muitas vezes, nos olhos até de pessoas que me amam profundamente: 'Nem que eu tivesse ficado sem nada. Aquela foi a minha escolha'", explicou a anfitriã do 'Dois às 10', da TVI, acrescentando que não considerou a decisão do tribunal justa (foi condenada ao pagamento de uma indemnização de mais de 3,3 milhões de euros por quebra de contrato com a SIC mas chegou a acordo com a estação): "Não foi justo sequer o processo ter existido, porque houve, da minha parte, desde o início, uma assunção e uma vontade de cumprir aquilo que estava estabelecido. Sinto que, dessa forma, eu teria honrado todos os meus compromissos".
"Muito recentemente, quando foi a transferência do Rúben Amorim, eu revi-me muito nas reações e naquilo que foi dito em relação a um homem que, no futebol, decide quebrar um contrato no local onde toda a gente diz que ele estava a ser incrível. Num sítio onde era impossível ele não estar feliz e ele muda. E aquilo que disseram foi: 'Que grande treinador, ele vai à procura do que é o melhor para ele e do que quer para ele'. Sabes quantas pessoas disseram isso em relação a mim? Muito poucas", desabafou.
"É assim que tu percebes que ainda há uma diferença entre áreas da sociedade, que ainda há uma diferença entre ser homem e ser mulher. E eu, para o bem e para o mal, sou uma das mulheres mais mediáticas deste país", finalizou.
Recorde-se que em setembro de 2020, a SIC deu entrada com um processo contra Cristina Ferreira, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, na sequência da saída do canal do grupo Impresa conhecida em 17 de julho de 2020, altura em que foi anunciado que iria regressar à TVI (de onde saíra cerca de dois anos antes) passados dois meses como diretora e tornar-se acionista da Media Capital.
Em dezembro de 2024, a SIC, a Amor Ponto [empresa da apresentadora] e Cristina Ferreira anunciaram que chegaram a "um acordo mútuo", dando assim por terminado o processo.
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