A edição de hoje
Carolina Arruda, de 28 anos, sofre de uma doença rara, conhecida como neuralgia do trigémeo.
Carolina Arruda, a jovem brasileira de 28 anos que se tornou conhecida nas redes sociais por partilhar o seus dia a dia na luta contra uma doença rara, neuralgia do trigémeo, que provoca uma das formas mais intensas de dor, admitiu ter conversado recentemente com a filha, de 10 anos, sobre a possibilidade de recorrer à eutanásia.
Em entrevista, Carolina explicou que vive sob dor constante há mais de uma década, enfrentando crises diárias que inviabilizam atividades simples do dia a dia e que nem sequer lhe permitiram criar a filha, que com um ano de idade teve de ir viver com os bisavós. A jovem veterinária passou por diversos tratamentos, cirurgias e intervenções médicas. Alguns dos tratamentos trouxeram-lhe um alívio parcial, outros não tiveram efeito prolongado.
Recentemente, um novo diagnóstico juntou-se à neuralgia: espondiloartrite axial, doença autoimune que causa inflamação na coluna, articulações e regiões ao redor do tronco, quadro clínico que intensificou as dores e limitou sua capacidade de mobilidade.
Sobre a conversa com a filha, Carolina relatou que a menina demonstrou empatia — dizendo entender, apesar da sua tenra idade, que alguém em sofrimento extremo pode considerar a eutanásia. Todavia, a pequenita também manifestou medo, tristeza e o desejo de que a mãe pense em alternativas.
Carolina foi diagnosticada com 16 anos, numa altura em que recuperava do dengue e foi acometida por fortes dores musculares. A partir dessa altura, o seu estado agravou-se rapidamente e anormalmente, apesar de ter sido vista por 27 médicos.
"Sempre fui cheia de sonhos, projetos e planos. A neuralgia tirou-me tudo. Eu era feliz. Eu amava a vida", desabafou. Vive agora numa unidade de cuidados continuados, onde recebe tratamento específico para a sua doença e, quando pode, continua a manter contacto com os seus seguidores.
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