As alegações finais estão agendadas para quinta-feira e, se for considerado culpado, o rapper norte-americano poderá ser condenado a prisão perpétua.
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O caso de Sean 'Diddy' Combs é um dos escândalos mais significativos da indústria musical e do showbiz norte-americano. Combs, mais conhecido por P. Diddy, foi preso a 16 de setembro de 2024, em Nova Iorque, e enfrenta acusações graves, incluindo tráfico sexual, extorsão e abuso físico e psicológico. As acusações não se limitam a um episódio isolado, envolvem múltiplas vítimas, incluindo até menores, com relatos que remontam aos anos 90.
Sete semanas após ter começado, o julgamento do músico e empresário norte-americano está a chegar ao fim. Ao contrário da acusação que apresentou um total de 34 testemunhas, a defesa optou por uma estratégia diferente. Sem chamar ninguém ao banco das testemunhas, baseou a sua argumentação exclusivamente em provas documentais já submetidas ao júri e esta terça-feira, dia 24, fez uma apresentação muito curta.
Além disso, antes dos seus advogados iniciarem os trabalhos, Diddy disse ao juiz, na sala de audiências de Manhattan, que não iria depor: "Essa é a minha decisão, Meritíssimo", respondeu o o fundador da Bad Boy Records, de 55 anos, ao juiz Arun Subramanian, acrescentando que tinha discutido o assunto "minuciosamente" com a sua larga equipa de defesa de dez advogados.
Em jeito de provocação, Combs aproveitou também a oportunidade para elogiar o juiz federal que supervisiona o julgamento criminal que poderá enviar Diddy para a prisão para o resto da sua vida se for considerado culpado: "Está a ir muito bem, Meritíssimo. Queria agradecer-lhe, está a fazer um excelente trabalho."
A decisão de Combs de não testemunhar e a magra apresentação da defesa são muito semelhantes ao que Harvey Weinstein e a sua equipa fizeram no início deste mês no novo julgamento por violação do produtor vencedor de um Óscar. Depois de semanas de 'vai, não vai', Weinstein, de 73 anos, e a sua defesa tornaram oficial que o arguido não iria testemunhar.
Juda Engelmayer, profissional de relações públicas e porta-voz de Weinstein, deu o seu surpreendente ponto de vista sobre a decisão de Combs de não testemunhar.
"Num caso em que tantas testemunhas tomaram a palavra para partilhar histórias profundamente pessoais e muitas vezes angustiantes, a ausência de alguém tão proeminente como Diddy será certamente notada pelo júri", disse Engelmayer ao 'Deadline'. "Embora intelectualmente saibamos que o ónus da prova cabe exclusivamente à acusação, isso não apaga a curiosidade natural do júri, ou mesmo a expetativa, de ouvir diretamente o arguido, especialmente quando esse arguido é uma figura pública conhecida por chamar a atenção", acrescentou o veterano em relações públicas. "Quando alguém fez uma carreira para estar no centro das atenções, os jurados perguntam-se: porque não falar agora, no momento mais importante?", finalizou.
Se tudo correr como planeado nesta altura e o presidente Donald Trump não conceder o perdão, o juiz Subramanian estará milagrosamente a cumprir a sua promessa aos jurados de ter o caso concluído antes do feriado de 4 de julho. O próximo passo no processo criminal de Combs serão as alegações finais para o júri, marcadas para quinta-feira, dia 26 de junho.
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