Chef fala sobre as quebras avultadas durante a pandemia e assume que as dívidas já são muitas.
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Ljubomir Stanisic tem sido das vozes de protesto mais ativas contra as medidas de confinamento, que estão a provocar sérios estragos no setor da restauração, manifestando-se no Porto e em Lisboa.
O conhecido chef, apesar de prometer que vai continuar a lutar pela sobrevivência, revela-se muito apreensivo com o futuro do setor, e em especial do seu restaurante, 100 Maneiras, uma vez que os prejuízos que enfrenta de momento já são muito avultados.
“Desde o dia 11 de março, 980 mil euros estão em prejuízo. Vou pedindo créditos e tentar pagar com banca, com privado, como consigo, eu e todos os portugueses”, revela, garantindo que a situação começa a tornar-se insustentável, com postos de trabalho em causa. “Enquanto fechamos alguém tem que nos dar apoio. Não queremos criar desemprego. Não estamos a pedir nada demais, além do direito à vida, direito ao trabalho e alimento.” A Ljubomir têm-se juntado outros conhecidos chefs, que não desistem de lutar e apelam ao Governo por medidas para ajudar a salvar o setor da crise profunda.
Os dias mais dramáticos
Esta não é a primeira vez que os negócios de Ljubomir atravessam momentos bem delicados. Em 2008, o conhecido chef jugoslavo abriu um restaurante em parceira com José Avillez, que acabou por o levar à falência, tendo acumulado uma dívida de meio milhão de euros. Ljubomir recorda o momento como um dos mais negros da sua vida. “Foi um abanão muito grande”, diz, acrescentando que, nessa altura, quase toda a gente lhe virou as costas. “Perdi 90% dos amigos. Quando estamos bem e temos dinheiro toda a gente é nossa amiga, mas quando estamos num lago de m****, raramente alguém te dá a mão para te tirar de lá.”
Ljubo diz que demorou muitos anos até se reerguer e conseguir liquidar todas as dívidas que acumulou. “Foram dívidas que tive de pagar durante seis ou sete anos, mas saldei tudo.”
Família aveiro fecha negócios na pandemia
A família de Cristiano Ronaldo também está a ser afetada pela crise que se vive e já fechou portas a vários negócios, que deixaram de ser viáveis. No Funchal, o restaurante Cascatas e Girassóis encerrou após o primeiro confinamento e os mesmos passos seguiu o Hotel CR7, junto à marina, que não resistiu às quebras no turismo.
Também em Vilamoura, no Algarve, a loja de roupa da qual Elma Aveiro era proprietária na marina fechou, tendo sido vendida por cerca de 1 milhão de euros.
No Brasil, Katia Aveiro também sentiu os efeitos da pandemia e encerrou o restaurante que tinha aberto há poucos meses, na zona de Gramado, onde eram confecionadas as receitas do clã Aveiro.
Despede mais de 500 pessoas
Foi no final de março, quando a pandemia ainda estava no início, que o chef Gordon Ramsey, conhecido pela participação em vários programas televisivos, causou polémica ao despedir mais de 500 funcionários, depois de ter encerrado alguns dos seus restaurantes em Londres. Trabalhadores não esconderam a sua revolta. "Livrou-se de nós quando mais precisávamos. Foi selvagem", afirmaram.
chef avillez encerra seis restaurantes Foi em junho que o chef José Avillez comunicou o encerramento de seis dos seus restaurantes devido à pandemia. Manteve, no entanto, os espaços distinguidos com estrelas Michelin. Sofia triste com projeto falhado Foi com grande tristeza que a atriz Sofia Ribeiro revelou que o seu restaurante, Filosofia, em Lisboa, não tinha condições para reabrir após os primeiros meses de confinamento.
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