Ao final de 55 anos de carreira, o cantor definiu o ano de 2024 para dizer adeus aos palcos. A decisão apanhou todos de surpresa, fãs e aqueles que lhe estão mais próximos, incluindo o afilhado, Marco António. Agora, admite recorrer a ajuda Psicológica para lidar com a decisão e preparar a despedida. ”Estava na hora porque não sou de ferro”, explica.
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Decidiu afastar-se dos palcos dentro de três anos. Porquê comunicá-lo já?
Porque quero ir preparando as pessoas. Isto não é fácil para mim nem para todos aqueles que gostam de me ouvir. No dia em que anunciei na televisão a minha despedida, passei a manhã a receber mensagens que mexeram muito comigo, de pessoas, inclusive, a dizer que vão ficar órfãs. Há fãs tristes e magoadas, mas eu quero dizer que não estou a virar costas a ninguém.
Mas sempre disse que se sentia bem fisicamente para continuar a cantar. Porque é que decidiu agora estabelecer uma data para se afastar?
Estava na hora porque não sou de ferro nem nenhum super-homem. Aquelas digressões de andar pelo País a fazer quatro concertos seguidos é que vão acabar. Não há horas certas para comer, para dormir, nem tempo para repor energias e há uns anos tive a paga disso, quando me senti mal no Porto e tive um princípio de AVC. E depois tenho uma carreira tão bonita que também não quero ouvir aquilo que cheguei a ouvir, maldosamente, em relação à Amália, quando diziam que ela já não cantava nada. Mas quero descansar as pessoas porque continuarei, sempre que possível, a fazer aquelas salas grandes de que tanto gosto. Já em outubro vou fazer o Campo Pequeno, por exemplo. Só falta marcar a data.
Então como é que serão os próximos três anos?
Bem, este ano estamos sempre dependentes da pandemia, ninguém sabe o que vai acontecer. Em 2022 e 2023 continuarei a fazer a minha vida normal e então em 2024 é que farei o último concerto. Depois disso talvez faça, por exemplo, alguns concertos solidários, a reverter para associações que tratam de pessoas com cancro. Quero ter uma voz e participação ativa nesta área.
Onde é que gostava que acontecesse esse último concerto?
Não sei. Se calhar, as minhas fãs vão ter uma palavra a dizer sobre isso. Gostava que fossem elas a escolher.
Vai ser um concerto certamente difícil de fazer, já pensou quando chegar realmente a hora de dizer adeus?
Nem quero pensar nisso, porque de certeza que vou chorar muito. Eu comecei a cantar muito pequenino e deixar uma coisa de que gosto tanto vai ser muito duro. Tenho de me aconselhar bastante. Sei que vou precisar de acompanhamento. Talvez até procure ajuda psicológica nos próximos tempos para preparar tudo isto. Eu ainda nem sequer consigo dizer a palavra ‘despedida’.
Consultou a sua família, nomeadamente o seu afilhado, para tomar esta decisão?
Não. Foi uma decisão tomada exclusivamente por mim. Ninguém sabia de nada e nem sequer disse ao meu afilhado o que estava a pensar fazer. Nem a minha produtora sabia disto. Só eu podia tomar esta decisão, porque só eu tomei esta opção de vir para este mundo artístico e da música.
Sabendo que a sua mãe [apesar de já ter falecido] continua a ser a sua grande confidente e que sempre foi o seu grande apoio na musica, procurou esse consolo?
Não. Tenho de ganhar coragem e preparar-me para lhe dizer a ela e a Nossa Senhora de Fátima. Mas só o posso fazer na Capelinha das Aparições, em Fátima, porque, apesar de ter uma grande imagem de Nossa Senhora em casa, ali tem outro significado. Tenho de lhe agradecer muita coisa, o facto de ter nascido em Portugal, de ser tão querido dos portugueses e dos anos bons que me tem dado.
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