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Modelo fica desfigurada e numa cadeira de rodas após ser torturada em festa no Dubai

Ucraniana Maria Kovalchuk, de 20 anos, esteve uma semana desaparecida após escapar de uma festa Porta-Potty.

23 de julho de 2025 às 19:52

É mais um alerta para o que se estará a passar no Dubai, onde magnatas estarão a atrair jovens modelos para festas em iates onde estas são submetidas a todo o tipo de situações degradantes. Maria Kovalchuk, a modelo ucraniana de 20 anos, que em março foi encontrada na berma da estrada em estado grave, falou pela primeira vez sobre a festa Porta-Potty, onde foi torturada por um grupo de homens. Ela conseguiu escapar, mas ficou gravemente ferida e acabou por ser encontrada uma semana depois.

Em entrevista à apresentadora russa Ksenia Sobchak, do site Novosti, que pertence ao grupo de media russo Ostorozhno, a jovem, que depois de ser submetida a várias cirurgias ficou desfigurada e confinada a uma cadeira de rodas, devido a fraturas na coluna, braços e pernas, disse que viajou até ao Dubai para filmar conteúdos para a plaforma Onlyfans. Atualmente a recuperar dos ferimentos num hospital na Noruega, Kovalchuk diz ter sido vítima de um grupo de "rapazes russos e ucranianos ricos" e não de cidadãos do emirado. Contudo, a mãe da modelo, Anna, avançou que as autoridades do Dubai fizeram questão de cobrir todas as despesas médicas, no valor de "vários milhares de euros". "Em troca, pediram apenas que ela não dissesse nada que pudesse colocar as autoridades do emirado numa posição negativa", acrescenta o site.

Tudo começou quando Kovalchuk se deixou dormir e perdeu um voo para a Tailândia. Hospedada no hotel de luxo Five Jumeirah Village, no Dubai, ela foi então abordada por um jovem de 19 anos que tinha conhecido num karaoke e que lhe ofereceu alojamento num hotel e boleia até ao país asiático no jato privado do pai. 

Contudo, quando chegou ao hotel, ela deparou-se com um grupo de jovens a beber álcool e a consumir droga, identificando alguns como membros da elite russa e de Donetsk. "Eles começaram a provocar-me, perguntando porque é que eu não estava a beber", recorda. "Depois começaram a empurrar-me e a gozar comigo, a dizer: 'Tu és nossa e vamos fazer o que quisermos'", continua.

Segundo a modelo, os homens - entre os quais estariam Artem Papazov, filho do empresário de Donetsk Oleg Papazov, que mora nos Emirados Árabes Unidos e administra um negócio na Rússia, assim como o russo Alexey Krashennikov, o bielorrusso Alexander Loptitsky, a influencer russa Alexandra Mertsalova e a ucraniana Milena Dolganova - começaram a partir garrafas no chão para impedir que ela, que estava descalça, fugisse. Além disso, tiraram-lhe o passaporte. Depois tentaram ter relações sexuais com ela e, perante a recusa, a "agressividade só aumentava"

Kovalchuk tentou fugir e conseguiu encontrar refúgio num prédio em obras. Contudo, o grupo que a perseguia encontrou-a: foi brutalmente espancada e possivelmente atirada de uma altura considerável para a rua. O relatório do crime afirma que "praticamente arrancaram a pele do seu couro cabeludo". A jovem foi encontrada mais tarde por um motorista que passava no local e levada para o hospital, onde permaneceu em coma durante vários dias.

Anna relatou que a filha já passou por oito cirurgias complicadas, anda numa cadeira de rodas e com muletas, e que uma das pernas ainda não está completamente sarada. Além disso, após a agressão, Maria tem problemas de memória.

A modelo apresentou queixa às autoridades do Dubai, que interrogou os alegados agressores, mas estes continuam em liberdade. A polícia diz que ela terá entrado indevidamente num edifício em construção e sofrido uma queda que lhe provocou os ferimentos, chegando ainda a insinuar que se tratou de uma tentativa de suicídio.

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