O ator e encenador Carlos AVilez sofreu uma paragem cardio-respiratória na madrugada de quarta-feira
O encenador e fundador do Teatro Experimental de Cascais (TEC), Carlos Avilez
Fonte do Teatro Experimental de Cascais citada pela Agência Lusa adiantou que Avilez tinha dado entrada esta terça-feira no Hospital de Cascais com uma indisposição, acabando por falecer por volta das 02h00 da madrugada naquela unidade hospitalar.
A notícia foi anunciada pelo TEC ao final da manhã, tomando de assalto todos os amantes do teatro. As reações nas redes sociais não se fizeram esperar. Minutos depois Manuel Luís Goucha escrevia: "O Teatro perdeu um dos seus Mestres! Carlos Avillez. Deixa um imenso legado de amor à Arte e de resistência, cumprido talentosamente por muitos actores e actrizes que na sua Escola se formaram. Obrigado Mestre Avillez".Minutos depois, Noémia Costa prestava-lhe uma das primeiras homenagens numa publicação no Instagram: "Partiu o Mestre Carlos Avilez. Um homem que deu a sua vida ao teatro com uma dignidade enorme e que amava atores. Encenou inúmeras e inesquecíveis peças de teatro, com mestria e amor criou o Teatro Experimental de Cascais, em 1965, e não mais parou, até hoje, quando o pano da vida se fechou para ele. Vá em paz mestre Avilez. O teatro fica mais pobre. E nós também".No instagram, Rita Calçada Bastos escreveu apenas: "Eterno". Albano Jerónimo agradeceu: "Obrigado", escreveu por baixo da notícia da morte do encenador.
"O Carlos Avilez partiu, mas deixa-nos décadas de uma vida dedicada ao teatro", escreveu o ator Diogo Infante na sua reação. O ator refere que o encenador "inspirou e moldou gerações de atores" recorrendo a "exigência", "paixão" e pela capacidade de fazer com que os atores se sentissem "especiais".
"O seu legado continuará seguramente através de todos aqueles que o conheceram e que puderam testemunhar a sua dedicação ao teatro. Pela minha parte, ficarei eternamente grato pelas oportunidades que me deu e pelo carinho com que sempre me tratou", remata.
O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, foi também um dos primeiros a reagir à morte de Avilez. Através do Facebook, deu conta da triste notícia e destacou que esta morte significa também "perder um pedaço da alma de Cascais e do teatro português".Marluce Revoredo, mãe de Marta Cruz, também assinalou a perda: "Hoje nos despedimos do grande Senhor , encenador e ator Carlos Avilez, fundador do Teatro Experimental de Cascais. Tive a honra de trabalhar com Carlos Avilez no teatro . Minha neta Yasmin fez o curso de teatro com ele como diretor e encenador, um ser muito especial. Que a paz lhe acompanhe Carlos!
Nascido em 1937, Carlos Avilez estava, apesar da idade, em plena atividade. Ainda encenou 'Eletra', a partir da trilogia 'Electra e os Fantasmas', de Eugene O'Neill. A 177.ª produção do Teatro Experimental de Cascais estreou-se no passado dia 18 no auditório Academia Artes do Estoril.
Dedicou toda a sua vida ao teatro, com particular destaque para o trabalho que desempenhou no Teatro Experimental de Cascais que completou 58 anos de existência no passado dia 13 de novembro. Mas a sua carreira foi cheia de momentos áureos. Foi presidente do Instituto de Artes Cénicas, diretor do Teatro Nacional S. João, no Porto, e diretor do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, tendo fundado a Escola Profissional de Teatro de Cascais, a cuja direção pertencia, integrando, também, o corpo docente.
Os primórdios do seu trabalho em prol do teatro remontam a 1956, ano em que se e
Em 1964, dirigiu o Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), trabalhou com o ator Raúl Solnado no Teatro Villaret, em Lisboa, e em 1970 foi diretor artístico e responsável pelo dia consagrado a Portugal na Expo'70 em Osaka, no Japão.
Em 1979 foi nomeado, juntamente com Amélia Rey Colaço, diretor da Companhia Nacional de Teatro I - Teatro Popular, então sediada no Teatro São Luiz, em Lisboa.
Trabalhou em França com Peter Brook e na Polónia com Jerzi Grotowsky, e, além de teatro, encenou várias óperas entre as quais "Carmen", "Contos de Hoffmann", "As Variedades de Proteu", "O Capote", "Inês de Castro", "O Barbeiro de Sevilha" e "Madame Butterfly".
Foi agraciado com a Ordem do Infante D. Henrique em 1995 e com as Medalhas de Mérito Municipal da Câmara Municipal de Cascais, de Mérito Cultural da Secretaria de Estado da Cultura e da Associação 25 de Abril.
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