Bruno Nunes escreveu tudo num livro que relata a vida de uma imigrante brasileira.
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O ano era o de 2005. Bruno Nunes, deputado do Chega, lança então o seu primeiro livro. Para a obra, o político imaginou-se quatro meses na vida de Lady, uma jovem brasileira a viver em Lisboa, que imigra à procura de uma vida melhor. Contudo, acaba a trabalhar como stripper num bar na capital portuguesa. "Já se tornou rotina, tiro a roupa, bebo uns copos e deixo os homens de pau feito", escreveu no diário, citado pela revista 'Sábado'.Durante todo o livro, Bruno Nunes conta, sem pudores, todos os pormenores do trabalho como stripper, a relação com as drogas, em especial a cocaína, e com o sexo.
Mas não é apenas um relato de um emprego em Lisboa. Com vergonha do que faz, Lady acaba por se apaixonar por um cliente – um futebolista bastante conhecido. Mais tarde, Lady consegue marcar um encontro com Ricky e foram jantar ao Guincho. Por fim, foram para um hotel. "Passámos para uma cadeira, abri as pernas dele, deitei-me de costas e fui tirando o vestido, peguei na mão dele e pedi para me tirar o soutien, nessa altura ele começou a ficar excitado, senti, voltei-me de frente para ele e com uma mão acariciei o meu peito com a outra passei por dentro das calcinhas como se me estivesse a masturbar, o homem estava doido, bem me tentava agarrar mas não deixei, não que não tivesse vontade, voltei-me de novo de costas e tirei as calcinhas inclinando-me depois para a frente sempre com a mão a tapar a vagina por forma a ele não ver, foi quando ele me disse 'faz amor comigo', mudei de cor, não sei se fiquei vermelha ou roxa, mas eu também queria. Querido diário, foi ótimo, adorei, quando acabou, sorrimos um para o outro."Contudo, nem tudo correu às mil maravilhas. Lady foi detida pela SEF (Serviços de Estrangeiros e Fronteiras). Tentou pedir ajuda a Ricky, mas este ignorou-a. "Lá estava ele, a passar a mão pelo cabelo de uma loura, ela com a perna por cima da dele e com a mão muito inconsciente tocava no pénis dele, o filho da puta ria e mandava beijos, fiquei com vontade de lhe partir a cara."Com o coração partido, a jovem brasileira entrou num ciclo de cocaína e sexo. "Das três despedidas de solteiro todos tinham dinheiro e pagaram, um dos noivos era bem bonito, engraçou comigo e deixei-me levar na conversa, no fim da noite fui sair com ele e fiz com os amigos, fiz asneira, acabámos na cama, que bela queca". Até nos dias em que Lady planeava ficar em casa a ver um filme, acabava a noite numa orgia. "O Rui pegou em 3 filmes, um de ação, um de comédia, e um de sexo, claro, tadinho queria que as meninas ficassem excitadas (…) O homem estava de pau feito e doido, só dizia 'vocês, nem sabem o que me estão a fazer'. A Lu foi à cozinha e pediu para ir com ela, tanto tinha mexido na xoxota que estava excitada, e foi dizendo que era engraçado fazermos amor as três, para ele ver e o deixar doido, ao início pensei que estava a brincar, mas quando se ajoelhou e meteu a língua entendi que era bem a sério, fomos para a sala, para junto dele, e foi uma loucura, a Kati foi buscar droga, cheirámos todos, o homem estava doido."Em declarações à 'Sábado', Bruno Nunes contou que o livro foi escrito "num contexto académico" e para construir a personagem principal falou com João Melo, um amigo que apresentava na TVI o programa 'Sexo, Vídeo e CIA', gravado num clube de strip das docas. "Ele disse-me: 'Eu apresento-te o dono da casa.' Conheci-o e ele facilitou-me o acesso. Frequentei o espaço diversas vezes na hora de abertura, falei com elas e conheci a realidade", disse. "Enquanto não existir uma boa lei de imigração, muitos vêm para cá à procura de uma vida melhor e acabam arrastados para esquemas de tráfico humano, como aconteceu neste livro."
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