Nas redes sociais, Cristiana Jesus defendeu o uso de "palmadinhas" para impor limites e Catarina Gouveia respondeu com uma reflexão sobre os riscos de normalizar a violência na educação.
Um debate sobre os limites na educação infantil tornou-se viral este fim de semana, depois de Cristiana Jesus e Catarina Gouveia terem trocado opiniões públicas sobre o tema com posições opostas acerca do uso de "palmadinhas" como forma de impor limites.
Tudo começou quando Cristiana Jesus reagiu, nas redes sociais, à notícia da morte de Susana Gravato, alegadamente às mãos do próprio filho de 14 anos. A ex-concorrente da 'Casa dos Segredos' publicou um vídeo onde defende que, por vezes, uma palmada pode ser necessária.
"Hoje em dia parece que ser mãe virou um ato vigiado. Tudo o que fazemos é julgado. Vivemos num mundo em que as mães são quase proibidas até de tocar. Não se pode levantar a voz, não se pode dizer não, e Deus nos livre de levantar a mão para dar uma palmadinha no rabiosque quando é necessário. Porque vem logo alguém dizer que é violência", afirmou.
Cristiana Jesus admitiu já ter dado "uma palmadinha no rabiosque" ao filho, Guilherme, de seis anos, explicando que o fez "não por raiva" ou "descontrolo", mas porque a criança "passou dos limites". "O que eu defendo é respeito e estabelecer limites. É extremamente difícil ser mãe hoje em dia. Virou um campo de julgamento. Se gritamos somos agressivas, se calamos somos ausentes, se damos liberdade somos permissivas, se impomos limites somos chamadas de autoritárias extremas. […] Também é a minha primeira vez na vida a ser mãe. Então, sim, eu prefiro ser criticada agora por corrigir o meu filho do que amanhã chorar por não ter feito nada", acrescentou.
As palavras geraram forte reação e Catarina Gouveia foi uma das primeiras figuras públicas a comentar o tema, manifestando uma visão contrária.
"Olá, Cristiana! Compreendo o teu ponto de vista e acho que pode ser construtivo partilhar o meu. Considero que a delicadeza do tema nos convida a uma reflexão mais profunda. Sabemos que somos, de uma forma geral, filhas de uma geração desinformada, com limites impostos violentamente e cabe a cada uma de nós reconhecer e trabalhar na sua dor", começou por dizer.
Na longa reflexão, Catarina Gouveia alertou para os riscos de normalizar qualquer forma de violência no contexto familiar: "Uma criança que cresce e é educada sobre os alicerces do respeito pelo outro, por si própria, do amor familiar, do amor dos pais, tornar-se-á, muito provavelmente, num adulto empático, amoroso, meigo e sensível ao próximo. Pelo invés, uma criança onde a prática de violência física ou emocional lhe é imposta como uma possível linguagem de amor, onde o poder de quem a ama impera pelo gesto violento para balizar limites, cresce na crença de que o amor magoa e que o amor pode violentar", afirmou.
Cristiana Jesus não deixou a resposta sem reação e voltou a pronunciar-se, agradecendo a reflexão de Catarina, mas reforçando que o seu objetivo era falar de "parentalidade real": "Catarina Gouveia, obrigada pela tua reflexão, compreendo perfeitamente o teu ponto de vista e até concordo com grande parte do que disseste. Mas dizer que o amor é paciente, não se irrita, tudo sofre, tudo suporta, na prática nem sempre é assim. […] As mães não são perfeitas, a vida não é perfeita", respondeu, acrescentando: "Quero apenas reforçar que no meu vídeo fui clara: não defendo a violência. O que partilhei foi um episódio pontual e real, num momento extremo, depois de todas as ferramentas se terem esgotado. […] Antes de ser a melhor amiga do meu filho, sou mãe. E parte do amor de mãe é ensinar respeito."
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