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Alimentação para doentes vai ser comparticipada

Medida em vigor em agosto beneficia dezenas de milhares que se alimentam por sonda ou suplementos e custará 5,4 milhões por ano em 2027

06 de março de 2025 às 08:15

Dezenas de milhares de doentes que se alimentam por sonda ou recorrendo a suplementos alimentares vão ser beneficiados com um regime excecional de comparticipação aprovado pelo Governo e que há muito era reivindicado. A partir de agosto, a comparticipação será de 37%, no próximo ano sobe para 69% e em 2027 para 90%.

Segundo o Ministério da Saúde, a medida tem um custo estimado de 1,59 milhões de euros este ano, 4,5 milhões em 2026 e de 5,4 milhões em 2027. A comparticipação abrange formulações entéricas e modulares, e suplementos nutricionais.

São beneficiados doentes oncológicos, doentes de Crohn, doentes que tenham feito radioterapia na garganta ou esófago, com doença inflamatória do estômago, com estômagos ou intestinos removidos ou estômago que não funciona, bem como doentes neurológicos. Maria Armandina Silva, doente oncológica de 84 anos, precisa mensalmente de suplementos que custam “cerca de 300 euros”, revela a filha ao CM.

Os suplementos são pagos pela Liga Portuguesa contra o Cancro, que poderá libertar essa verba para outras situações. Ana Sampaio, que representa 14 associações de doentes, destaca o impacto “na diminuição dos tempos de internamento” e o facto de o Infarmed passar a avaliar as formulações e a fixar preço máximo. Mas lamenta que fiquem de fora formulações inferiores a 250 ml.

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