Artigo exclusivo
Muitas pessoas já terão pensado o bom que seria estar fechadas em casa, durante uns dias, desfrutando de um isolamento saudável. Com um confinamento social como nunca se esperou assistir neste século e perante essa situação real e sem fim à vista, como é viver nela em partilha no mesmo espaço? Conviver-se em harmonia é possível hora após hora, dia atrás de dia? As respostas neste artigo garantem que sim.
Meados de março, segunda-feira de manhã, primeiro dia de teletrabalho e isolamento social. Janela aberta, vista para o Tejo, despensa e frigorífico abastecidos, mesa da sala limpa, vazia e transformada em posto de redação improvisado, sala luminosa e casa em silêncio. Tudo a postos para uma sequência de semanas diferentes, mas promissoras. Sozinha. Ao fim da primeira semana o sucesso é uma realidade distante e muitas arestas precisam de ser limadas: trabalhar em casa exige disciplina e o trabalho, as lides domésticas e os momentos de lazer lutam por um espaço na agenda. Ao fim da segunda semana a gestão do tempo passa a ser uma realidade alcançável (mas ainda não concretizada) e o exercício físico revela-se uma agradável descoberta (para o corpo e para a mente). Ao fim da terceira semana já se conhecem os hábitos dos vizinhos, e o que antes eram desafios de paciência, como crianças a jogar futebol em casa e ouvir o telejornal da noite na casa ao lado através da parede, passam a ser rotinas. E até fazer aniversário nestas circunstâncias passa de tristeza a nova experiência, sem presentes, mas com um jantar de família à moda das novas tecnologias.
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