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Presidente de associação de bombeiros nega detenção

Rui Silva foi abordado pela GNR em Pedrógão Grande. Força policial confirma que foi identificado.

26 de julho de 2017 às 13:08

Rui Silva, presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários negou esta quarta-feira ao CM que tenha sido detido em Pedrógão Grande, como foi noticiado pelo Observador.

"Estou, de facto, em Pedrógão Grande, como tenho vindo dezenas de vezes. Fui abordado por um elemento da GNR que me disse ter recebido um email e um telefonema a dizer que eu estaria a usurpar funções. Mas a verdade é que eu sou o presidente da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários, doa a quem doer e o caso foi rapidamente esclarecido", diz Rui Silva, que se queixa de estar a ser alvo de uma campanha de calúnias.

A notícia dava conta de que Rui Silva teria sido detido durante uma entrega de donativos aos bombeiros daquela região, entrega essa que estaria a ser efetuada em nome da associação da qual Rui Silva garante ainda ser presidente.

Contactada pelo CM, fonte do Comando Territorial de Leiria da GNR confirma que Rui Silva não foi detido. "Houve uma denúncia de usurpação de funções, uma vez que o senhor estaria a apresentar-se como presidente de uma associação, o que já não é. Foi identificado e os militares estão a elaborar o auto correspondente".

Batalha legal na associação

Rui Silva, bombeiro de Vila do Conde, diz ser o presidente legítimo da Associação Portuguesa dos Bombeiros Voluntários, mas está envolvido numa batalha legal que o opõe aos dirigentes da própria associação.

Alzira Borges de Sousa, presidente da Assembleia-Geral da associação, relata que Rui Silva se apresentou em fevereiro como vencedor das eleições para os órgãos sociais. "Mas nunca fui informada sequer da realização das eleições e recusei-me a dar posse aos novos órgãos". A Assembleia-Geral decidiu, em fevereiro deste ano, destituir Rui Silva do cargo de presidente. 

Foi, entretanto, criada uma comissão de gestão que interpôs queixas contra Rui Silva por usurpação de funções e falsificação de documentos. "Foi falsificada uma assinatura minha nos papéis das supostas eleições", diz Alzira Borges de Sousa. "Há muito que lhe pedimos que ele aprsente as contas e documentos dos anos que ele levou como presidente, e nada disso nos foi dado. Nem a nós nem aos próprios elementos da sua direção", conta a advogada que presidiu, até há poucos dias, à comissão de gestão. "Saí a partir do momento em que soube que o senhor Rui Silva tinha interposto dois processos judiciais contra mim", explica ao CM. 

A advogada garante que Rui Silva já não é legalmente o presidente e que já foi notificado dos processos judiciais que correm contra ele. "É uma vergonha que isto esteja a acontecer", diz Alzira Borges de Sousa.

Fontes contactadas pelo CM garantem que a associação não tem representatividade na classe, sendo ignorada pela maioria dos bombeiros.

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