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Em risco e nem desconfia: “O rim não dói”… mas pode matar em silêncio

Campanha percorreu as praias este verão para alertar os banhistas sobre a Doença Renal Crónica, que afeta quase 1 milhão de portugueses.

13 de setembro de 2025 às 15:38

Um órgão que trabalha em silêncio até falhar de repente. Foi esta a mensagem que milhares de portugueses receberam nas praias entre 9 e 16 de agosto, através da campanha “O Rim Não Dói”. A iniciativa, promovida pela Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), com o apoio científico da SPN e o apoio institucional da Boehringer Ingelheim, deixou um aviso claro: a doença renal crónica afeta quase 10% da população.

A doença que não avisa

“A doença renal crónica é silenciosa e, como o próprio nome da campanha diz, o rim não dói”, sublinha Paulo Urbano, presidente da APIR. O responsável lembra que essa ausência de sintomas é a maior barreira ao diagnóstico precoce: “Como não dá sintomas, as pessoas não recorrem ao médico com frequência. O que eu aconselho é que vão ao médico regularmente, que bebam muita água e que tenham cuidado com a alimentação.” E reforça: “É uma doença que não tem cura, apesar de fazermos tratamentos de diálise e apesar de sermos transplantados.”

Banhos de sol… e de realidade

Durante oito dias, a campanha instalou-se nas praias de norte a sul: Figueira da Foz, Carcavelos, Sesimbra, Portimão, Lagos e Quarteira. Muitos banhistas foram surpreendidos pela informação.

“Por acaso não, nunca tinha ouvido falar”, confessou uma entrevistada. “Acho que é importante termos sempre a informação sobre as doenças que nos vão aparecendo. Nós já estamos a entrar naquela fase dos 40, em que tudo desaparece. E, portanto, é sempre importante percebermos de que forma é que podemos ir trabalhando a nossa saúde.”

Outra reação foi de espanto: “Não. Não tinha ideia nenhuma mesmo. É bastante assustador”, reagiu um veraneante ao saber que a doença afeta quase um milhão de portugueses.

Informação que fica na pele

Entre chapéus de sol e toalhas estendidas, a mensagem da campanha ficou marcada. Uma mãe destacou o impacto para os mais novos: “Acho que é super importante eles estarem sempre informados. Tudo o que é informação é valorizada. Saber nunca ocupa lugar, não é?”

Já outro banhista saiu decidido a continuar hábitos simples: “A água bebo muito, bebo cerca de litro e meio a passar.”

Uma luta de décadas

Com 47 anos de história, a APIR não se limita a apoiar doentes. Trabalha também para dar visibilidade a esta condição que, segundo Paulo Urbano, continua a ser “pouco conhecida em Portugal”. “Nós fazemos este ano 47 anos, nascemos antes do Serviço Nacional de Saúde. Ainda não se fazia diálise em Portugal, só se fazia em Espanha. Portanto, temos essa responsabilidade.”

Além de sensibilizar, a associação não esquece quem cuida dos doentes: “Ajudar os próprios doentes e familiares, porque nós também temos em atenção a questão dos cuidadores, também são importantíssimos.”

A mensagem essencial

No final da ação, uma ideia ficou clara: o diagnóstico precoce pode salvar vidas. Mas para isso é preciso quebrar a inércia e criar cultura de prevenção.

“O Rim Não Dói” mostrou que a praia pode ser muito mais do que lazer: pode ser o palco de um alerta vital. Porque, como lembrou Paulo Urbano, “o rim não dói… mas a doença renal crónica não tem cura.”

Mais informações em orimnaodoi.pt e siga o #orimnaodoi.

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