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Oferta de vinhos de qualidade a preço justo contribui para ano positivo

Crescimento em 2022 decorreu principalmente no Reino Unido, Holanda, Alemanha e Polónia

26 de agosto de 2023 às 10:00

A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões terminou 2022 com 24,5 milhões de euros de faturação, recuperando dos desafios do início do ano para o seu negócio, resultantes da escassez de matérias-primas subsidiárias devido ao conflito que deflagrou no início do ano no leste europeu. Segundo Jaime Quendera, diretor-geral da Adega de Pegões, 2022 foi o melhor ano de sempre da sua empresa, com as vendas a crescerem tanto no mercado nacional como nos de exportação. Mas isto não significa que tudo tenha corrido de feição. Longe disso, já que a invasão da Ucrânia pela Rússia teve efeitos bastante negativos em Portugal e em toda a economia mundial.

No sector vitivinícola nacional, em particular, houve alguns meses de escassez de matérias-primas subsidiárias essenciais ao negócio, como garrafas de vidro, caixas de cartão e rótulos, em paralelo com o crescimento desproporcionado dos seus custos, na ordem dos dois dígitos em poucos meses. “Isso levou a que não conseguíssemos vender vinhos, por não termos garrafas para os embalar”, explica Jaime Quendera. “A certa altura já não discutíamos preço”, conta, explicando que tiveram de o fazer porque era essencial a entrega de garrafas para poderem responder às encomendas.

Um ano positivo

Em paralelo, o crescimento do custo das matérias-primas levou ao decréscimo das margens de comercialização e da rentabilidade dos produtos. Isso aconteceu porque há acordos estabelecidos com as grandes empresas de distribuição que impedem a Adega de Pegões de aumentar de repente os preços dos seus produtos, de forma a repercutir o aumento das matérias-primas subsidiárias. “É um processo que demora três a quatro meses”, conta o diretor-geral da Adega de Pegões, salientando que tudo isso contribuiu para a diminuição da rentabilidade do seu negócio em 2022.

Mas a estabilização dos mercados globais à medida que o mundo reagia aos efeitos económicos do conflito russo-ucraniano, levou à normalização da maioria dos negócios afetados pela crise e à recuperação da atividade da Adega de Pegões, que terminou o ano com um ligeiro crescimento das vendas em relação ao ano anterior. “Isso aconteceu principalmente em mercados europeus mais maduros, como a Alemanha, Países Baixos e Reino Unido, onde estamos ativos há algumas dezenas de anos e, na Polónia, graças ao Grupo Jerónimo Martins, que detém a Biedronka, uma das cadeias de retalho mais importantes do país, e coloca lá os nossos vinhos”, explica Jaime Quendera. Acrescenta que houve perdas sobretudo nos mercados de leste, incluindo, como é lógico, a Rússia e a Ucrânia, enquanto os do continente americano, como o Brasil, Estados Unidos e Canadá mantiveram as suas quotas de importação de vinhos da Adega de Pegões. Todas estas movimentações levaram a que o ano terminasse positivo, com uma ligeira subida nas vendas.

Durante este ano, Jaime Quendera espera que o crescimento das vendas da empresa suba cerca de 10%, sobretudo pelo aumento da procura das grandes cadeias de distribuição, cá e lá fora. “Pela minha experiência, a crise faz os consumidores pensar um pouco mais e melhor na forma como gastam dinheiro, o que leva a um aumento daa procura pelos vinhos da Adega de Pegões, que já são conhecidos nos mercados onde estamos presentes há mais tempo”, explica o gestor. “Quando têm de escolher optam por um vinho de qualidade que conhecem, vendido a um preço justo, que é sempre um valor seguro, como os de Pegões”.

Vista aérea das instalações da Adega de Pegões

Agricultura moderna

“Uma das grandes vantagens desta adega é o profissionalismo e competência de todas as pessoas ligadas à nossa cadeia de valor, desde os nossos associados, na vinha, até à adega”, salienta Jaime Quendera, acrescentando que isso tem contribuído significativamente para o seu sucesso ao longo dos anos e para a resiliência que a empresa que gere demonstrou no período mais recente.

É a agricultura moderna que garante o futuro. Por isso, a Adega de Pegões tem o seu futuro assegurado, até porque parte da sua equipa é formada por jovens com formação, tal como uma parcela dos seus cooperantes. “Temos, atualmente, 100 sócios, que usam clones selecionados e vinhas plantadas em extensão, que são mecanizadas e estão em plena produção”, explica Jaime Quendera. “O nosso foco é produzir bom vinho, com boa imagem, a bom preço, premissa que tem levado a empresa a ter tido um crescimento sustentado até agora”, destaca. Estes objetivos são alcançados com base num conhecimento profundo de todo o sistema produtivo, que começa na vinha e termina quando os vinhos são colocados no mercado. E são alcançados através de um trabalho sistematizado para cada referência.

“Em Pegões temos tudo identificado, incluindo as castas e cada parcela de vinha de cada um dos cooperantes, já que a qualidade dos vinhos que colocamos no mercado começa na forma como é feito o maneio no campo”, explica Jaime Quendera. As uvas são vindimadas no ponto certo de maturação e vinificadas em separado na adega, sempre em função da qualidade.

Cada casta e parcela dos 1100 hectares de vinha da Adega de Pegões são vindimadas no ponto certo de maturação e vinificadas em separado na adega,

sempre com o objetivo de produzir vinhos com qualidade

Qualidade a preço competitivo

A Adega de Pegões produz, todos os anos, vinhos de qualidade, com uma boa imagem, a preços competitivos que lhe permitem concorrer, de igual para igual, no mercado global com os seus principais competidores internacionais.

Com cerca de 17 milhões de garrafas vendidas em 2022, a Adega de Pegões é, atualmente, a maior cooperativa do sector vitivinícola do país. Transforma uvas produzidas numa área de vinha de 1100 hectares, que pertence aos cerca de 100 cooperantes que a integram. Estão plantadas na zona de aluvião situada entre os estuários do Tejo e do Sado, caracterizada por ter solos arenosos e um lençol freático bastante próximo da superfície, o que permite, aos seus viticultores, terem água disponível para suprir as necessidades das plantas durante todo o ano. Isso faz com que as produções das suas vinhas estejam menos dependentes das oscilações anuais do clima e sejam mais uniformes.

Outra das vantagens da Adega de Pegões, em relação à concorrência, é as vinhas estarem plantadas em terrenos planos e serem quase todas mecanizadas, o que leva a que o custo por quilo de uva para a produção de vinho seja mais baixo. Só assim a empresa consegue concorrer, no mercado global, com os produtores da Argentina, Austrália, Chile, Califórnia, França, Espanha ou Itália, que produzem em condições semelhantes. “Nós temos capacidade concorrencial mantendo a qualidade dos vinhos que colocamos no mercado”, defende o diretor-geral da empresa.

É verdade que isso significa que a Adega de Pegões vende vinhos baratos. “Mas este tipo de gestão permite que comercialize também os da gama média e de preços mais elevados”, explica o enólogo e gestor, acrescentando que foi dessa forma que a empresa conseguiu entrar nas Filipinas, hoje um dos principais mercados de exportação da Adega de Pegões. “Se não o tivesse feito, não tinha conseguido entrar com as outras marcas”, defende Jaime Quendera, explicando que é desta forma que este tipo de negócios é feito.

Volume de negócios em 2022

24,5 milhões de euros

Número de garrafas vendidas atualmente

30%

Número de mercados de exportação

Mais de 50

Principais mercados externos

Canadá, Polónia, Reino Unido, Holanda, Filipinas, Alemanha

Número de sócios

100

Número de colaboradores

Mais de100

Área de Vinha

1100 hectares

A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões (Adega de Pegões) conquistou, no ano passado, um total de 253 distinções em concursos internacionais de vinhos que decorreram em países de quase todos os continentes. Entre eles:

• 25 Grandes Medalhas de Ouro, Duplas Medalhas de Ouro e Distinções ao mesmo Nível

• 130 Medalhas de Ouro

• 67 Medalhas de Prata

• 31 Medalhas de Bronze

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