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Tecnologia e ciência ao serviço do coração

No Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, há um centro especializado em doenças cardíacas que é sinónimo de inovação tecnológica e esperança, conceitos que em saúde andam cada vez mais de mãos dadas

08 de abril de 2021 às 07:53

Com uma equipa liderada pelo médico Luís Baquero, o Heart Center tem vindo a assumir-se como uma referência, tanto no campo da cirurgia cardíaca minimamente invasiva como no acompanhamento integrado e na prevenção da morte súbita.

Cerca de 95 por cento das cirurgias ao coração já são feitas por técnicas minimamente invasivas. Hoje em dia, a doença coronária pode ser tratada por método percutâneos, ou seja, por cateter, seja por cirurgia mini-invasiva com incisões de 5-6 cm na região mamária esquerda ou por baixo do braço, evitando assim abertura do esterno ou até, de uma forma multidisciplinar, juntado as duas técnicas. Esta técnica denominada ‘híbrida’ é rotina no nosso Heart Center e permite juntar os benefícios do tratamento percutâneo e da cirurgia mini-invasiva, conseguindo- -se assim um restabelecimento do fluxo coronário completo com mínima agressão cirúrgica e com excelentes resultados. Depois aliamos a inovação da técnica cirúrgica com a anestesia minimamente invasiva, que também é interessante do ponto de vista da melhoria da experiência do doente (ver caixa).

É muito menos agressivo para o doente, quer do ponto de vista físico, quer do ponto de vista psicológico. Há uma redução significativa do tempo de internamento e da necessidade de cuidados pós-operatórios, a começar logo pela própria cicatrização: uma ferida cirúrgica grande, como a de uma operação de peito aberto, tem um risco muito maior de infeção e obriga o corpo a um desgaste muito maior. Tudo isso conduz a uma recuperação mais rápida e o retorno quase imediato à vida normal. Depois há o fator psicológico: ter uma cicatriz de alto a baixo, a atravessar o tórax é um peso emocional grande que deixa repercussões. Ao diminuirmos a cicatriz, estamos também a diminuir esse impacto e a dimensão psicológica da doença.

As doenças valvulares, os tumores cardíacos, doenças coronárias, as doenças da aorta e algumas doenças cardíacas congénitas, entre outras. O nosso centro tem também a vantagem de abordar estas patologias de forma integrada e holística, o que não acontece na maioria das unidades hospitalares. Aqui toda a equipa se senta para discutir qual o melhor tratamento. Juntos encontramos um tratamento personalizado para aquele doente, há uma abordagem única para cada caso nas diversas especialidades que o envolvem, porque são todos diferentes.

Tratamos inclusivamente doentes que são recusados noutros hospitais.

Abaixo dos 35 anos, a morte súbita deve-se a problemas congénitos. Mas é um problema quase sempre silencioso. Associado à prática desportiva intensa, tem alto risco e, por isso, recebemos muitos jovens atletas. Quando diagnosticado é algo que pode ser controlado com medicação e que pode até continuar a permitir a prática desportiva.

 A médica anestesiologista Ana Rita Vieira integrou a equipa do Heart Center há dois anos. Conta ao CM que a cirurgia cardíaca é uma área específica e que exige técnicas de anestesia altamente especializadas: "o cuidado é redobrado, porque são doentes de alto risco cirúrgico-anestésico". No HCV, a cirurgia cardíaca minimamente invasiva é também acompanhada de uma anestesia em molde semelhante. "Dizer que se trata de uma anestesia minimamente invasiva é quase provocatório, mas não deixa de ser verdade. É fazer a anestesia evoluir juntamente com a técnica cirúrgica".O método passa por combinar a anestesia geral com a anestesia rr. "Procuramos que seja altamente direcionada. Através da ecografia podemos bloquear as terminações nervosas sensitivas de todo o tórax, que são as responsáveis pela dor no pós-operatório. Isto permite-nos reduzir muito os fármacos e a medicação associadas à anestesia geral", explica ao CM. Além de reduzir os riscos e tornar mais rápida a recuperação, a anestesia ‘minimamente invasiva’ é também mais segura para doentes complicados e com risco cirúrgico mais elevado, como "diabéticos ou pacientes com tensão arterial não controlada".Acresce ainda o fator psicológico: "O medo da operação passa pelo medo da anestesia geral. Esta técnica permite-nos também minimizar o impacto emocional da intervenção", garante Ana Rita Vieira.

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