Taxistas abandonam manifestação de madrugada
Dirigentes apelaram à desmobilização e convocam novo protesto para segunda-feira.
Os taxistas começaram esta segunda-feira, às 09h00, no Parque das Nações, em Lisboa, uma marcha lenta, quase seis meses depois de terem feito um protesto idêntico, em luta contra a regulação, proposta pelo Governo, da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify. O fim previsto da manifestação era a Assembleia da República.
Centenas de taxistas concentravam-se às 13h15 em protesto junto ao aeroporto de Lisboa, bloqueando o trânsito até à rotunda do Relógio, enquanto os dirigentes do setor eram recebidos no Ministério do Ambiente, numa tentativa de desbloquear a situação.O presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros e o seu congénere da Federação Portuguesa do Táxi foram chamados para uma "reunião de urgência" no Ministério do Ambiente depois de confrontos entre taxistas e a polícia junto ao aeroporto de Lisboa.Durante a manhã, os ânimos exaltaram-se e os taxistas acabaram por atirar à polícia garrafas de água e sumos. Os agentes responderam atirando petardos e 'very lights' e afastando os manifestantes.
Até ao final da manhã, a PSP deteve três pessoas que participavam na manifestação, na zona do aeroporto.
O presidente da Federação Portuguesa do Táxi apelou aos taxistas que estão concentrados junto do aeroporto de Lisboa para não abandonarem o local, após uma reunião com o ministro do Ambiente, da qual disse trazer "uma mão cheia de nada". Já o dirigente da ANTRAL disse aos jornalistas que os taxistas vão ficar no local "por tempo indeterminado", até que o Governo resolva a situação.
A Polícia de Segurança Pública negociou com os taxistas para que retirassem os carros. Os manifestantes mantiveram-se na Rotunda do Relógio onde jantaram e assistiram ao programa da RTP Prós e Contras. Depois da emissão, os dirigentes foram ao encontro dos taxistas onde discursaram e ouviram as opiniões do manifestantes.
O presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, e Carlos Ramos, Presidente da Federação Portuguesa do Táxi, apelaram à desmobilização e, apesar de algumas vozes contra, os taxistas acabaram por fazê-lo.
Florêncio Almeida convocou novo protesto para segunda-feira, junto ao Palácio de Belém e às câmaras do Porto e de Faro.
Protesto dos taxistas ao minuto: 02h28 -
02h21 - O presidente da ANTRAL recomendou a desmobilização esta madrugada e convocou novo protesto para segunda-feira, junto ao Palácio de Belém e às câmaras do Porto e de Faro.
Florêncio Almeida alertou o taxistas que ainda permaneciam no protesto na rotunda da Relógio, junto ao aeroporto de Lisboa, de que a PSP o avisou que iria começar a bloquear e a rebocar as viaturas que ali se mantivessem.
Após este aviso, e depois de explicar que o bloqueamento e que o reboque teria custos legais, bem como uma comparência em tribunal ainda esta terça-feira, Florêncio Almeida aconselhou os taxistas a mudarem o protesto para a próxima segunda-feira, a partir das 08h00.
01h50 -
01h40 -
Florêncio Almeida começou a sua intervenção dizendo que não iria pedir a desmobilização, mas após alguns minutos acabou por faze-lo, juntamente com o presidente da Federação dos Táxis, Carlos Ramos.
01h34 - 01h24 -
01h00 - Um taxista envolveu-se em confrontos com outro motorista e foi levado para a esquadra sob detenção. Motorista foi identificado.
00h48 - O protesto dos taxistas prossegue ao início da madrugada na rotunda do Relógio, em Lisboa, estando o ambiente aparentemente calmo, apesar do forte contingente policial que permanece no local. Cerca das 00h45, os taxistas aguardavam a chegada do presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros, Florêncio Almeida, que participou na segunda-feira à noite no programa Prós e Contras, na RTP, onde o asssunto foi debatido. 22h37 -
As declarações proferidas pelos dois representantes dos taxistas presentes no programa, já suscitaram aplausos por parte dos manifestantes, nomeadamente quando afirmaram que vão permanecer no local até que o Governo proíba "os "ilegais".
21h00 - 20h00 - 19h08 -
18h59 - A líder do CDS-PP defendeu "uma solução rápida e equilibrada" na regulação da atividade das plataformas de transportes como a Uber e a Cabify, lamentando as situações de violência que ocorreram na manifestação dos taxistas.
"Neste momento o que gostaria era uma solução rápida, equilibrada e que permitisse a todos trabalhar com tranquilidade, servir as populações, servir os utentes, permitir que as pessoas escolhessem das propostas que há no mercado aquelas que mais lhe convêm, obviamente dentro de um quadro de lealdade nas relações comerciais, de transparência e de concorrência", afirmou Assunção Cristas. 18h40 -
"Neste momento há uma divisão entre aquilo que é imposto ao serviço de táxi, por um lado, e aquilo que é imposto a outros serviços, que são serviços inovadores, que apareceram há menos tempo e para os quais não havia regulação", admitiu o líder social-democrata, Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas. 18h35 -
A mesma fonte adiantou, ao final da tarde, que a PSP está tentar chegar a um acordo com os manifestantes "pela via do diálogo e negocial". 18h23 -
"No geral, e tirando um episódio, a manifestação foi pacífica, houve a possibilidade de contacto - não quer dizer convergência ou concordância - com o Governo, está a haver o contacto com deputados, penso que o balanço global é positivo", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa. 18h15 -
"Dois dos indivíduos detidos foram presentes ao Ministério Público (MP) e libertados após terem sido notificados para comparecerem em tribunal a fim de serem julgados em processo sumário, respetivamente nos dias 20 e 27 de outubro, ambos indiciados pela prática do crime de dano qualificado e um deles indiciado ainda pela prática dos crimes de detenção de arma proibida e ofensa à integridade física qualificada", lê-se num comunicado divulgado esta tarde. 17h40 - 17h10 -
17h00 - Em entrevista à CMTV o taxistas Jorge Máximo diz sentir-se "injustiçado" e faz uma das declarações mais polémicas do dia: "Leis são como as meninas virgens, são para ser violadas".
16h54 - O presidente da Federação Portuguesa do Táxi, Carlos Ramos, calculou que estejam presentes na manifestação dos taxistas quatro mil carros, adiantando que na cidade de Lisboa poucos estão a trabalhar.
16h40 - 16h08 -
Já o dirigente da ANTRAL disse aos jornalistas que os taxistas vão ficar no local "por tempo indeterminado", até que o Governo resolva a situação.
"Houve algumas coisas que o Governo disse estar recetivo a aceitar, mas a questão dos contingentes não está fixada", acrescentou.
15h55 - Terminou sem acordo a reunião entre Governo e taxistas. 15h30 -
Florêncio Almeida, da ANTRAL, e Carlos Ramos, da Federação Portuguesa do Táxi, dirigiram-se para a Rotunda do Relógio, nas proximidades do aeroporto de Lisboa, onde se concentram muitas centenas de taxistas em protesto.
13h27 - Centenas de taxistas estavam, às 13h15, concentravam-se em protesto junto ao aeroporto de Lisboa, bloqueando o trânsito até à rotunda do Relógio, enquanto os dirigentes do setor eram recebidos no Ministério do Ambiente, numa tentativa de desbloquear a situação. 13h13 -
Já o serviço de autocarros da Carris verificou perturbações "nos troços e carreiras que passam pela zona em que a manifestação se encontra parada", junto ao aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. 12h57 -
"Viemos oito pessoas de Madrid, mas estamos em representação de toda a Espanha, que está solidária com os colegas portugueses", vincou o presidente da Fedetaxi, Miguel Angel Leal. 12h52 -
"O PSD considera que a atual legislação deve ser atualizada mas há lugar para todos", vincou o deputado Paulo Neves, em declarações aos jornalistas no parlamento. 12h46 -
Segundo a PSP, duas pessoas foram detidas na sequência dos incidentes junto à Rotunda do Relógio e a outra junto ao aeroporto de Lisboa, onde os taxistas estão agora concentrados.
Em relação aos detidos na Rotunda do Relógio, a fonte oficial adiantou que uma pessoa foi detida por ter arremessado alguns objetos contra um carro da polícia e a outra por ter lançado um artefacto pirotécnico contra os agentes.
Em relação à terceira detenção, de um taxista, a PSP não avançou os motivos, mas a Lusa presenciou-a, junto à zona das partidas no aeroporto de Lisboa.
Neste caso, o detido terá vandalizado um carro da Uber. 12h37 -
Segundo constatou a agência Lusa no local, há turistas com malas que estavam a dirigir-se para o acesso da rotunda à Segunda Circular para tentarem arranjar um carro da Uber ou um táxi que não tenha aderido ao protesto dos taxistas, que decorre hoje em Lisboa.
Há grupos de turistas que estão a ser deixados em plena Segunda Circular, junto da zona de chegadas do aeroporto, por veículos descaracterizados, supostamente ao serviço da Uber. 12h29 -
"Num Estado de direito democrático há o direito à manifestação pacífica, serena, sem violência de qualquer ordem e espero que seja isso aconteça", afirmou o chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas em Lisboa, no final de uma visita à Bolsa do Voluntariado.
Escusando-se a comentar o diploma que o Governo está a preparar para regular a atividade das plataformas de transportes de passageiros, como a Uber ou a Cabify, Marcelo Rebelo de Sousa insistiu nos apelos a que haja "serenidade" e "espírito cívico" na manifestação dos taxistas. 12h22 -
Os taxistas que estavam na Rotunda do Relógio, em Lisboa, estão a regressar ao final da manhã, a pé, ao aeroporto (deixando as viaturas nas ruas), depois de, segundo um dos elementos da organização, a polícia ter assegurado que a Uber não iria fazer qualquer tipo de provocação. 12h07 -
Em declarações à agência Lusa, Florêncio Almeida, da ANTRAL, disse que irá com Carlos Ramos para o Ministério do Ambiente, avançando que foi convocado por telefone para uma "reunião de urgência".
12h00 - O Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, afirmou que não conhecia em rigor o que estava a acontecer junto ao aeroporto e acrescenta que "não há relação entre a abertura de diálogo [entre os táxistas e o Governo] e o que está a acontecer hoje."
Assumiu que o transporte do táxi é indispensável no ecossistema da mobilidade urbana. "Considero este protesto legítimo, mas injusto. Não é preciso fazer protesto algum com o objetivo de ter diálogo se o diálogo está aberto. Nunca me apercebi que, do lado dos senhores taxistas, esse diálogo tivesse sido interrompido", disse João Matos Fernandes.
11h56 -
Os taxistas que estavam na Rotunda do Relógio, em Lisboa, estão a regressar ao aeroporto, depois de um dos elementos da organização ter informado que a polícia tinha garantido que a Uber não iria fazer qualquer tipo de provocação. 11h51 - A PSP deteve duas pessoas durante a manifestação dos taxistas junto à Rotunda do Relógio
Fonte oficial da PSP disse que os taxistas atiraram vários objetos contra os polícias, nomeadamente garrafas. Alguns agentes lançaram gás pimenta contra os manifestantes, avançou, sublinhando que o local foi reforçado com elementos policiais que já estavam destacados para o protesto. 11h50 - 11h33 -
"O Ministério do Ambiente faz parte do problema, não faz parte da solução", disse Florêncio Almeida, frisando que terá de ser alguém do Governo com capacidade para resolver o problema, que não o ministro do Ambiente, a dialogar com os taxistas.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) explicou que a decisão de permanecer na Rotunda do Relógio surgiu na sequência dos confrontos com a polícia, após esta ter impedido os manifestantes de cortar o acesso ao aeroporto.
Florêncio Almeida atribuiu a responsabilidade do "descontrolo da situação" às autoridades, por terem constantemente atrasado a marcha de protesto. 11h05 -
Junto à Rotunda do Relógio (por baixo do viaduto da Segunda Circular), os ânimos exaltaram-se e os taxistas acabaram por atirar à polícia garrafas de água e sumos. Os agentes responderam atirando petardos e 'very lights', e afastando os manifestantes.
A presença do Corpo de Intervenção foi reforçada no local, onde estão oito carrinhas da polícia.
No confronto, a polícia formou uma barreira para acalmar os manifestantes.
Depois, em tom de ironia, os taxistas bateram palmas à intervenção da polícia e gritaram "isto é uma vergonha", prometendo permanecer no local.
10h54 - A ministra da Justiça, Francisca Van Dunen, disse que a manifestação dos taxistas em Lisboa "está longe de alcançar" a dimensão prevista (6.000 profissionais) e sublinhou que a "segurança dos lisboetas está garantida".
"Espero que a manifestação se desenrole de uma forma serena, como num Estado de direito democrático", comentou Francisca Van Dunen, em declarações à agência Lusa, à margem do Seminário Internacional "Estratégias de comunicação no contexto do terrorismo", uma iniciativa da Information Management School da Universidade NOVA (NOVA IMS), do Sistema de Informações da República Portuguesa (SIRP) e do Instituto da Defesa Nacional (IDN), no auditório da Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
Francisca Van Dunen sublinhou que "os taxistas têm o direito de se manifestar, mas de forma ordeira", recordando que houve negociações entre a PSP e os organizadores do protesto de forma a definir o percurso e a segurança.
10h48 - Os taxistas começaram a circular rumo ao parlamento, onde vai prosseguir a manifestação contra as plataformas de transporte de passageiros, após uma troca de insultos com motoristas da Uber, junto ao aeroporto de Lisboa.
Eduardo Cacai, da Federação Portuguesa do Táxi, disse à agência Lusa que o conflito começou quando os táxis se encontravam parados junto à rotunda do aeroporto para iniciarem a marcha até São Bento.
Segundo a mesma fonte, motoristas da Uber que se encontravam no posto de abastecimento de combustível existente naquele local começaram a "insultar e a tirar fotografias" aos taxistas.
Perante a resposta dos manifestantes, os motoristas da Uber refugiaram-se na loja do posto de combustível, segundo os taxistas.
O acesso àquele equipamento foi posteriormente vedado pela polícia, acusada pelos taxistas de ser conivente com os motoristas da plataforma.
Um dos veículos da Uber foi atingido por um ovo.
Nota: Este vídeo contém linguagem considerada ofensiva
Taxistas dizem que motoristas da Uber se barricaram dentro da bomba de gasolina e incentivam-nos a sair. pic.twitter.com/4MtYlAPbVg
10h35 -
Os táxis ficaram parados na estrada de acesso à rotunda do Relógio, de onde saíram para a Avenida Gago Coutinho.
"Isto é escandaloso meterem tanta polícia para a gente e a Uber anda aí a carregar [passageiros] sem problemas", disse Pedro, taxista, quando os colegas vindos do Parque das Nações se aproximavam do aeroporto, cerca das 09h40.
Num dos parques do aeroporto aguardavam cerca de duas centenas de táxis com bandeiras brancas e vermelhas a dizer "proibido a ilegais". 10h29 -
Na fila aguardavam cerca de meia centena de pessoas para comprar o bilhete.
"Em qualquer país democrático é normal haver uma manifestação", comentou Cássia, uma turista brasileira, que aguardava há cerca de 15 minutos para comprar bilhete. 10h19 -
A PSP já enviou reforços para o local onde se encontraram grupos de taxistas e de condutores da Uber.
10h09 - O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) adiou um protesto contra a privatização das águas que tinha programado para a Assembleia da Republica, em Lisboa, devido à manifestação de taxistas que decorre na capital.
José Correia, presidente do STAL, disse à agência Lusa que "o adiamento não decorreu por vontade do sindicato, mas por indicações de segurança da PSP", e será reagendado para data a determinar. 09h22 -
"O PCP tem estado solidário com esta luta dos taxistas contra as multinacionais, que não podem estar acima da lei. O PCP não é contra o transporte. O que achamos é que tem de haver regras iguais para todos", disse à Lusa Bruno Dias, que esteve no Parque das Nações, de onde já arrancou o protesto dos motoristas em direção à Assembleia da República, em Lisboa.
"Tem de haver regras iguais para todos. Não é justo que o setor do táxi esteja a sofrer há tanto tempo e que venha agora uma lei que não seja igual para todos", sustentou o deputado comunista. 09h12 -
"Seria bom que o Presidente da República dissesse umas palavrinhas no dia deste protesto", disse Carlos Ramos, apelando ao chefe de Estado para "não promulgar a lei".
"Esperamos uma grande adesão porque nós temos razão. Não vamos ser mais taxistas (a manifestarem-se) porque, nos últimos dias, houve uma grande campanha de desinformação para nos assustar", disse ainda Carlos Ramos, criticando o Governo pela "falta" de soluções para o problema do setor. 08h58 - 08h30 -
De acordo com o responsável pelo grupo de trabalho da Federação Portuguesa de Táxis, Eduardo Cacais, as autoridades policiais estão a desviar os taxistas que chegam do norte do país para o IC2, o que está a provocar atrasos na entrada dos motoristas em Lisboa.
Os taxistas estão a concentrar-se - como previsto - no Parque das Nações, em Lisboa, antes da marcha lenta em direção à Assembleia da República.
O mesmo responsável que se encontra junto ao Campus da Justiça, no Parque das Nações, disse ainda que fez um apelo para que os manifestantes não respondam a qualquer "ato de violência" durante a marcha.
07h24 -
O ambiente no Parque das Nações, em Lisboa, ponto de encontro da concentração dos taxistas, ainda estava calmo pelas 07h00, apesar do forte dispositivo policial, como constatou a agência Lusa no local.
07h00 - O percurso deste megaprotesto inclui a Praça José Queirós, as avenidas Dr. Francisco Luís Gomes e de Berlim, o Aeroporto de Lisboa, a Rotunda do Relógio, as avenidas Almirante Gago Coutinho e Estados Unidos da América, o Campo Grande, a Avenida da República, o Saldanha, o Marquês de Pombal, os Restauradores, o Rossio, a Rua do Ouro, o Campo das Cebolas, o Cais do Sodré, a Avenida 24 de Julho e as ruas D. Carlos I e de São Bento.
06h40 - O primeiro-ministro defendeu esta segunda-feira que o Governo está a regular a atividade de transportes de passageiros para evitar a concorrência desleal aos taxistas, mas afastou a hipótese de limitar o número de licenças de outros operadores.
"Convém que não se ponha o mundo ao contrário, porque o Governo está a regulamentar uma atividade de quem faz transporte de passageiros a coberto da plataforma Uber sem cumprir as regras que hoje existem. O que estamos a fazer é a regular esse mercado", declarou o primeiro-ministro aos jornalistas a meio do seu terceiro dia de visita oficial à China.
Interrogado pelos jornalistas sobre como encara a manifestação nacional de taxistas convocada para hoje contra a legalização de empresas análogas à Uber, António Costa começou por salientar que "o protesto é uma componente de liberdade", sendo por isso "legítimo".
"O que espero é que os protestos decorram todos com total normalidade e serenidade", disse. 06h30 -
Contra a regulação da atividade das plataformas de transportes de passageiros como a Uber ou a Cabify nos moldes propostos pelo Governo, os taxistas mantêm-se firmes na ideia de só arredarem pé da Assembleia da República - onde termina a marcha lenta - quando o Executivo travar aquele serviço, que dizem não estar abrangido pela lei.
Cerca de seis mil táxis de todo o país são esperados pela organização do protesto, que começa às 07h00 com uma concentração no Parque das Nações e segue depois às 08h30 até à Assembleia da República.
A organização anunciou que a marcha lenta seria feita nas viaturas de serviço, mas a PSP indicou que os carros terão de ser estacionados na Avenida 24 de Julho e não podem subir a Avenida D. Carlos I, uma vez que em frente ao parlamento haverá, a partir das 10h00, outra manifestação, do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).
Prevê-se que a circulação rodoviária na capital se complique, pelo que a PSP aconselhou a utilização dos transportes públicos.
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