Segunda volta das eleições decorre no próximo domingo, depois de se atrasarem quase um mês.
Os dois candidatos à segunda volta das eleições presidenciais de São Tomé e Príncipe compararam esta quinta-feira a votação do próximo domingo a um jogo de uma final de futebol e pediram votos para poderem "levantar a taça".
"Hoje, ainda estamos zero a zero. Domingo é a final e quem ganha a final é que levanta a taça", afirmou, em cima de um palco improvisado em cima de uma carrinha, Carlos Vila Nova, candidato apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI).
Vila Nova falava em Pantufo, numa praça junto ao mar nos arredores da capital são-tomense, um de vários pontos de passagem da sua caravana no penúltimo dia de campanha. "Esta taça é nossa porque é a vontade do povo.
O povo é que escolhe, não é o gabinete que escolhe [o próximo Presidente]", disse, perante dezenas de populares. Vila Nova apelou aos seus apoiantes para se "levantarem e irem votar cedo" e advertiu: "Cuidado com as manobras, cuidado com a mentira.
Eles estão com medo e por isso começam a inventar mentiras". Pedindo o voto "no um", numa alusão ao primeiro lugar em que aparece no boletim de voto, deixou outro recado: "Come tudo, come do dois, come do Governo. Vota no um".
Vila Nova referia-se a dinheiro ou bens que os candidatos e partidos tradicionalmente oferecem nas campanhas eleitorais em troca de votos, num fenómeno conhecido como 'banho'.
Do palco, um homem simulava um relato de um jogo de futebol, que terminou com o resultado "MLSTP-PSD, zero, ADI, Vila Nova, um", motivando aplausos e festejos de vitória.
Na roça Monte Café, centro-norte da ilha de São Tomé, a cerca de 15 quilómetros da capital, o candidato apoiado pelo Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe -- Partido Social Democrata (MLSTP-PSD), Guilherme Posser da Costa agradeceu os votos dos apoiantes na primeira volta, a 18 de julho: "Graças aos vossos votos, eu vou para essa final. Vão deixar-me a meio do caminho? Não vão levar-me até lá, no Palácio do Povo?".
"Aquela cadeira" no Palácio do Povo -- sede da Presidência são-tomense -, continuou, "é uma cadeira emprestada, porque pertence ao povo".
Ladeado por Carlos Neves (coligação UDD/MDFM, um dos parceiros do MLSTP na chamada 'nova maioria' que suporta o Governo de Jorge Bom Jesus), Posser da Costa enumerou os apoios que recebeu na segunda volta, nomeadamente de outros candidatos do seu partido que também avançaram na primeira volta.
"Porque é que tanta gente se juntou a mim? Porque no outro lado está um grande risco. Ele já está pronto para vir. Ele pôs alguém para abrir portas", comentou.
Sem nunca identificar o antigo primeiro-ministro e líder da ADI, Patrice Trovoada, que se ausentou do país após ter falhado a formação de um governo depois das eleições de 2018, Posser da Costa dava a entender que a eventual eleição de Vila Nova significará um regresso do antigo chefe do Governo, quando falta cerca de um ano para as próximas eleições legislativas.
"Vamos deixar? Queremos voltar para trás?", perguntou, depois de criticar a mudança da hora e a presença de tropas ruandesas no parlamento são-tomense, dois acontecimentos que marcaram o mandato de Patrice Trovoada.
A segunda volta das eleições presidenciais são-tomenses decorre no próximo domingo, depois de um contencioso judicial que atrasou o processo em quase um mês. Na primeira volta, realizada a 18 de julho, Carlos Vila Nova foi o vencedor, com 43,3% dos votos, enquanto Posser da Costa teve 20,7%.
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