Vídeo mostra Camila Pitanga minutos depois do ator ser arrastado.
pitanga
Camila Pitanga contou à polícia de Canindé do São Francisco que ela e Domingos Montagner decidiram tomar um banho no rio que a novela homenageia, e que, após almoçarem, foram até um local mais afastado da área das gravações e se atiraram na água saltando de uma grande pedra.
Segundo a actriz, que interpreta a personagem Maria Teresa, a mulher por quem a personagem de Domingos Montagner é apaixonado desde a adolescência, assim que mergulharam ela percebeu que a corrente no local era excessivamente forte e avisou o colega e amigo.
Os dois tentaram voltar para a pedra e sair do rio, mas só Camila conseguiu. Ela contou aos investigadores que a corrente puxou Domingos, e que este, apesar de ser muito forte físicamente e de ela lhe ter segurado a mão por duas vezes, foi arrastado e submergiu.
Mais de quatro horas depois, durante as quais as buscas foram realizadas por helicópteros, um avião, barcos, mergulhadores e cerca de 50 homens dos bombeiros e da polícia, além de moradores da região, o pior foi confirmado, com a localização do corpo. Domingos Montagner estava preso a pedras no fundo do rio, a 18 metros de profundidade, e a 320 metros da praia.
O delegado (inspector) da Polícia Civil (Judiciária) estranhou o local onde os dois actores decidiram mergulhar, pois é um ponto do rio considerado tão perigoso que nem mesmo os experientes habitantes da região se atrevem a frequentar.
"Eles queriam mergulhar num local mais tranquilo. Acharam que era seguro mas, na verdade, aquele local é um dos mais perigosos para o banho. Esta é uma parte do rio aqui em Canindé que não é comum ser usada para banhos por causa do risco.", comentou o inspector.
Domingos Montagner vivia na pequena cidade de Embu Das Artes, a 23 km de São Paulo, com a mulher, Luciana Lima, e os três filhos, de 13, 9 e 5 anos. Tendo escolhido a cidade pela tranquilidade, Montagner quando estava de folga levava uma vida simples e comum, a ponto de gostar de ir com os filhos ao café perto do condomínio, onde conversava com funcionários e clientes sem qualquer estrelismo.
Tendo começado a carreira no teatro e durante mais de 15 anos se ter apresentado em picadeiros nos dois circos que fundou e onde, entre outros papéis, fez sucesso como palhaço, Domingos Montagner está em cartaz nos cinemas brasileiros com o seu nono filme, "Um namorado para a minha mulher", e em "Velho Chico", cujas gravações terminam no próximo domingo, completava o seu 13.º papel na televisão.
O seu primeiro grande papel em novelas da Globo foi o do cangaceiro Capitão Herculano de "Cordel Encantado" (2011), no ano seguinte, 2012, obteve o seu primeiro papel como protagonista interpretando o presidente Paulo Ventura na mini-série "Brado Retumbante", fez sucesso como o turco Zia em "Salve Jorge" (2012), e voltou a brilhar como João Miguel em "Sete Vidas" (2015).
Fãs comovidos fazem vigília por Domingos Montagner
Assim que foi confirmada a morte do actor, que tinha 54 anos e estava no melhor momento da sua carreira de sucesso, uma multidão começou a concentrar-se, ainda na noite de quinta-feira, junto ao Instituto Médico Legal, IML, de Aracaju, para onde o corpo de Montagner seria levado depois de um camião do órgão o ter ido buscar a Canindé do São Francisco, a quatro horas de viagem. Após a chegada do corpo, a multidão aumentou ainda mais e os fãs, muitos deles chorando, continuaram na rua durante toda a madrugada, forçando a polícia a isolar a região ao tráfico de veículos.
Pouco antes das 9 horas da manhã desta sexta, hora local, 13 horas em Lisboa, o corpo de Domingos Montagner foi levado para um laboratório de conservação e a multidão foi atrás. No laboratório da funerária contratada pela emissora o corpo foi submetido a um procedimento chamado tanatopraxia, que permite a preservação do aspecto físico por mais tempo e um velório mais prolongado.
Nos dois locais, tanto no IML como junto à funerária, a multidão fez diversas homenagens ao actor, que fazia o seu papel de maior sucesso, e até cantores regionais improvisaram músicas em homenagem ao artista tão precocemente desaparecido.
Em Canindé do São Francisco, onde parte da novela era gravada e ocorreu a morte do actor, o camião do IML teve de ser levado para uma área mais afastada e o corpo de Domingos Montagner transportado num pequeno barco até ao veículo, pois a multidão no local inicial era tão grande e a emoção das pessoas tão forte que as autoridades temeram a reacção dos fãs quando a vítima fosse tirada da embarcação.
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